A distância entre a SpaceFox e a Passat Variant agora ficou menor ou, melhor dizendo, há agora uma “escala” entre as duas peruas. A Volkswagen lançou nesta segunda-feira a Jetta Variant, versão perua do Jetta, que por sua vez é o sedã do Golf.
O modelo chegou com um imenso atraso ao mercado mundial – foi apresentado no Salão de Nova York do ano passado – enquanto o Jetta debutou no Salão de Los Angeles de 2005 e o Golf, muito tempo atrás: em outubro de 2003, em Frankfurt.
Graças à isso, a perua apresenta um visual intermediário, ou seja, não incorpora o DNA da Volkswagen atual, visto em modelos como o Passat CC e o Tiguan e que se traduz em lanternas circulares e uma grade dianteira pronunciada. Ao contrário, o Jetta Sportwagen, como é chamado oficialmente, traz lanternas triangulares e traseira pouco inspirada – a frente é a mesma da família, considerada hoje coisa do passado.
Mas, tal qual o sedã, é um excelente carro, tecnicamente dizendo. Seu motor 2.5 não está à altura do 2.0 TFSi, mas desenvolve bons 170 cv. O câmbio tiptronic de 6 marchas dá conta do recado e o nível de equipamentos é bem superior ao dos modelo médios. De quebra, a station wagon vem equipada com o teto Sky View, com 1,36 de comprimento e 87 cm de largura, de fazer inveja ao teto panorâmico do Peugeot 307 SW.
Ao contrário dos rivais, a Jetta Variant anda muito: são 205 km/h de máxima e o a 100 km/h em 9,2 segundos. O porta-malas, como vem sendo comum em peruas mais esportivas, é menor que o do sedã – são 505 litros em condições normais, mas há alguma versatilidade interna, se você precisar. A perua da VW, no entanto, não leva jeito para servir de veículo de carga.
O valor pedido pela Volkswagen assusta para uma perua média – R$ 91 940 –, mas, analisando o segmento, existe mesmo um grande intervalo entre o modelo mais caro, a Toyota Fielder (R$ 83 712) e a perua médio-grande mais em conta nessa faixa, a C5 Break, da Citroën, (R$ 104 950). E as duas deverão ser substituídas em breve.
Contra suas concorrentes diretas, 307 SW, Mégane Grand Tour e a já citada Fielder, a Jetta Variant oferece mais equipamentos, potência, espaço lateral e desempenho, mas fica devendo porta-malas, espaço longitudinal e economia.
O desenho pouco inspirado da traseira é compensado pela mecânica excelente. É bem caro, mas pra quem pode, é uma forma de ter mais carro do que o Passat Variant 2.0 aspirado, pagando menos.