No último domingo a JAC Motors comemorou no Brasil um ano após ter inaugurado 50 concessionárias no território nacional. Precisa, a empresa comemora seu aniversário com um lançamento de seu quarto modelo nesta segunda-feira (19). O J5, mostrado junto com o futuro J2 na última edição do Salão do Automóvel de São Paulo, terá uma difícil missão: enfrentar o segmento de sedãs médios e compactos premium de uma vez só. Para a primeira categoria, o carro chinês apresenta um porte imponente e espaço interno e porta-malas agradáveis. Para a segunda, o preço, na faixa de New Fiesta Sedan, Linea, Cerato e City.
Assim como acontece com os demais modelos da JAC à venda no mercado nacional, o visual do novo J5 é agradável, contemporâneo e confere presença. A dianteira é o cartão de entrada do sedã médio. Nela, há faróis espichados, que “engorda” conforme invade a lateral do carro, e são emoldurados por um ressalto do para-choque, que percorre também a tomada de ar inferior. A grade do automóvel é mediana e apresenta detalhes em cromado, destacando o logotipo de estrela de cinco pontas da asiática no centro.
Na lateral, nada de muito revolucionário. As janelas tem formato mais curvo, e lembra as do irmão menor J3. Um vinco que nasce na caixa de roda dianteira e termina nas lanternas, passando pelas maçanetas, marca a lataria da lateral do carro. Visto de traseira, o J5 lembra o New Fiesta Sedan pelas lanternas, que tem um formato mais diferenciado e iluminação por LEDs. A tampa do porta-malas ostenta uma régua acima do suporte de placa, que contribui para a abertura do compartimento.
Por dentro, encontramos as maiores diferenças entre o modelo destinado ao mercado brasileiro e ao vendido na China. Ao gosto dos brasileiros, o acabamento é todo em preto e uma forte iluminação azul no painel de instrumentos e na tela do rádio e do ar-condicionado, iluminação padrão da montadora. Por todos os lados encontramos apliques em preto piano, enquanto as maçanetas tem acabamento em cromado. O volante é igual ao do J6 (mas não tem botões multifuncionais), ao passo de que a manopla do câmbio remete bastante a do Focus vendido por aqui.
Os plásticos encontrados na cabine do JAC J5 são agradáveis ao toque, e não há rebarbas aparentes no encaixe entre eles. Um dos defeitos do interior do automóvel chinês é a falta de regulagem de profundidade do volante (só há de altura), e também o encosto de cabeça fixo aos bancos traseiros, o que dificulta um pouco a acomodação dos passageiros, seja uma criança ou um adulto de alta estatura. Graças ao entre-eixos de 2,71 m, os ocupantes vão bem acomodados. De altura, são 1,46 metros e 4,59m de comprimento. O porta-malas comporta 460 litros, mais amplo que outros modelos de sua faixa de preço.
Para adequar o carro ao gosto e as necessidades dos consumidores nativos, foram realizadas 160 modificações no J5, concretizadas após um milhão de quilômetros rodados em ruas e rodovias do nosso País. Os bancos estão entre as mudanças, que recebeu espuma mais densa, para passar a sensação de maior firmeza aos ocupantes. Os cintos de segurança traseiros receberam um prolongamento de 30 centímetros, para a acomodação de cadeira infantil.
Sob o capô do JAC J5, está alojado um motor 1.5 litro, produzido em alumínio, com comando variável de válvulas e corrente (e não correia dentada). Baseado na arquitetura do 1.4 do J3, o propulsor do carro rende 125 cv de potência máxima a 6.000 rpm e torque máximo de 15,5 kgfm, disponível 4.000 giros. Acoplado a um câmbio manual de cinco marchas – um automático não estará disponível, por enquanto –, o J5 acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos e atinge uma velocidade máxima de 188 km/h.
Assim como os outros veículos da JAC, o J5 vem bem equipado. De série, o novo três-volumes traz ar-condicionado digital, airbags frontais, vidros, travas e retrovisores elétricos, freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, sistema de som, rodas de alumínio de 16 polegadas, bancos em veludo, sensor de estacionamento traseiro, dentre vários outros. Rodas de 17 polegadas (R$ 1.390), bancos revestidos em couro (R$ 1.600) e pintura metálica (R$ 1.290) figuram entre os opcionais, que eleva o preço do carro de R$ 53.800 para R$ 58.080.
A garantia continua sendo de seis anos, sem limite de quilometragem. Sérgio Habib, presidente da marca, espera vender de 800 a 1.000 unidades do carro ao mês.