A JAC oficializou nesta segunda-feira, 26, o início da construção da sua primeira fábrica em território brasileiro, na cidade de Camaçari, na Bahia. Mas, em vez de concentrar as atenções na famosa pedra fundamental (que estava lá, aliás), a marca chinesa preferiu ser diferente. “Enterrou” um J3 em pleno terreno da futura unidade com previsão de “resgatá-lo” dentro de 20 anos.
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Sim, é a famosa “cápsula do tempo”, experiência já realizada mundo afora que envolve enterrar um veículo com itens contemporâneos e frases das pessoas. O interessante é ver os contrastes do que seu previu e se pensava na época em que o carro foi selado embaixo da terra. O J3 escolhido pela JAC é o primeiro exemplar trazido para o Brasil, que tem 243 mil km rodados. Ele levou consigo itens como um iPhone, refrigerante e as famosas mensagens colhidas na internet e em outros postos “físicos”.
Sergio Habib, aliás, queria deixar o carro 50 anos enterrado, mas o governador da Bahia, Jacques Wagner o demoveu da ideia: “quero ver esse carro ser desenterrado”, explicou ele ao empresário.
Carro para brasileiros
A fábrica da JAC deve ficar pronta no final de 2014 e lançar seu primeiro produto nacional no início de 2015. É bem provável que ele seja mostrado no próximo Salão do Automóvel, antes de entrar em produção. Será um hatch compacto custando pouco mais de R$ 30 mil e com projeto exclusivo para o Brasil. No entanto, o desenvolvimento está sendo feito na China com a ajuda de técnicos e engenheiros brasileiros.
Seus irmãos, provavelmente um sedã e um aventureiro urbano, já deverão contar com desenvolvimento nacional, promessa do presidente mundial da JAC, An Jin. Ele garantiu um centro de pesquisas no local e disse acreditar que os dois países (Brasil e China) tem uma agenda em comum de crescimento em tecnologia e um mercado consumidor em crescimento.
Serão investidos US$ 600 milhões na unidade, a maior parte bancada pela SHC, empresa de Sergio Habib. O valor é baixo para uma fábrica de 100 mil carros/ano em tese porque todo o projeto do carro será custeado pela JAC na China, que possui recursos mais baratos.
Até lá, a JAC terá uma atuação mais discreta no mercado já que a cota recebida por ela por ter investido no Brasil é de 25 mil carros sem IPI extra. É pouco mais do que ela vendeu em 2011 sem o J6 e o J5 na linha. O detalhe é que agora ela terá o J2, modelo mais barato do seu portfólio e que terá avaliação publicada pelo Blogauto nesta semana.
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