Que os testes urbanos são necessários para desenvolver um modelo como o hatch HB, ou possivelmente i15, não há dúvida. Mas será que a Hyundai não teria outro lugar mais tranquilo para mandar o futuro nacional que São Paulo? Dois dos protótipos do HB passam a semana andando pela capital paulista e adjacências. Desta vez, por exemplo, os veículos EHE-1906 e 1907 apareceram na cidade de Santo André, no ABC Paulista.
Flagrados pelo leitor do iG Carros Vinícius Prado, os hatches mostravam pouco da sua carroceria, mas o suficiente para confirmar as projeções feitas por alguns veículos como a revista Autoesporte. O HB promete deixar os populares nacionais com cara de passado graças à linha de cintura alta, aos faróis e lanternas de desenho complexo e, supostamente, pelo bom acabamento.
Tudo leva a crer que o hatch usará outros componentes conhecidos do grupo Hyundai-Kia, como o motor 1.0 flex de 3 cilindros que estreia este mês na nova geração do Kia Picanto, ou do motor 1.6 flex que equipa outro Kia, o Soul.
O mais importante, no entanto, será um mistério que só se resolverá em outubro de 2012, quando o HB começar a ser produzido em Piracicaba, no interior de São Paulo: quanto custará o modelo e o que ele trará de série. Será que a Hyundai seguirá a receita de preços mais altos iniciada com o ix35 e repetida no Sonata? Ou será agressiva a ponto de cobrar menos por mais e deixar Volks, Fiat, GM e Ford irritadas por terem de mexer no preço dos seus modestos compactos?
O melhor que pode acontecer para o consumidor é que haja cada vez mais rivais e que as vendas sejam mais equilibradas, assim nenhuma marca poderá determinar os preços e facilitar a vida das outras.
Na verdade o que pode acontecer realmente é uma coisa ou outra.
A Hyundai pede um valor "justo" e balança o mercado, como fez com o i30 (e Kia tem feito com o Soul e o Cerato), ou percebe que tem um produto melhor e mais moderno que a concorrência e resolve cobrar mais por ele.
Se ele vier em uma faixa de preço agressiva para os itens que irão compor o carro, estou falando de menos de R$30k, com ar e direção, vai vender mais de 10 mil por mês. É muito difícil entender a posição da Hyundai, exemplos são os preços do sonata e do azera (no meu entender, o azera tem um preço compatível e o sonata não). Apesar de achar que um carro destes não vai fazer cócegas na Volks e na Fiat, no máximo irão deixar de vender uns 3 mil carros a menos (em toda a linha), ou seja 5%, gostaria que o mercado tivesse opções mais em conta e com projetos mais decentes.
Leandro eu concordo em partes, 5% das vendas da Volks e Fiat é mais do que eles perderam nos últimos 10 anos em fatia de mercado, ou seja muito.