E a versão DX surgiu pior que a encomenda. Na semana passada, a informação das concessionárias é que o Fit DX, versão depenada do monovolume, custaria R$ 49.900, mas na tabela a Honda quer mais: R$ 51.805 pelo manual e R$ 54.805 pelo automático. Na prática, R$ 3.100 a menos que o LX.
Pobre assessoria de imprensa, tem que vender a novidade como se fosse algo melhor. Leiam o trecho sobre a roda de aço: “o modelo é produzido com rodas de aço e calota com design inovador, mantendo o tamanho de 15’“. Já a ausência do rádio virou vantagem: “a escolha de rádio e de alto-falantes ficará sob a responsabilidade do cliente, que poderá adquirir livremente no mercado de acordo com suas necessidades“. Pronto, vou jogar meu rádio de série fora.
A verdade é que oferecer o Fit com calota e menos equipamentos é uma atitude normal. O que está errado é cobrar mais de R$ 50.000 por um modelo compacto básico e, pior, tabelar a versão top por mais de R$ 71.000, valor que dá para comprar até um Fusion ou Azera, dependendo da negociação.
A atitude da Honda mostra que a concorrência começa a incomodar, o que é uma ótima notícia. Mas a montadora reluta em reconhecer que seus produtos não estão acima do bem e do mal. Mas não vai demorar para que ela acorde, caso contrário, os japoneses vão passar pelo mesmo que a Volkswagen passou há alguns anos, quando menosprezou a concorrência e cobrava caro pelos seus produtos ( quer dizer, ainda cobra em muitos casos).