A Honda não dá o braço a torcer mesmo. Criticada há meses por cobrar caro por um veículo de segmento inferior, a montadora japonesa insiste em vender o sedã City por um preço irreal.
Nascido da base de um compacto, o City custa mais caro que alguns sedãs médios, apesar do interior simples e da lista de equipamentos modesta. O modelo também foi o primeiro da marca a não sofrer com o sobrepreço no lançamento, fenômeno que ocorreu com Civic, Fit e CR-V. Pelo contrário. A montadora precisou promover o veículo nas concessionárias para torná-lo atraente, mas o efeito foi contrário. Em vez de ampliar suas vendas, o City acabou tirando mercado do Civic, mais sofisticado.
Agora que o modelo ganhou mais um concorrente de peso – o New Fiesta – esperava-se da Honda uma resposta com descontos nos preços já que o Ford é superior em vários aspectos e custa bem menos – apenas R$ 49.000.
Mas os japoneses mantêm a soberba. A reação foi criar uma nova versão de entrada, batizada de DX (D de depenado?) e que custa R$ 55.420 na versão manual e R$ 59.300 na automática. Ou seja, R$ 2.000 a menos que o LX, tudo por causa da retirada do sistema de som e de uma bandeja sob o assento traseiro.
Pois é, nem tudo que reluz é ouro e nem todo Honda é Civic.