Com certeza, um dos mais aguardados lançamentos de 2011, o Civic 2012 chegará em julho com um missão nada fácil: superar as expectativas da versão atual e retomar a liderança do segmento, perdida em 2009 para o Corolla, da Toyota. Pelo que a revista Autoesporte adiantou na edição passada, quando mostrou as imagens que você vê aqui, a Honda preferiu ser conservadora.
Não, o novo Civic não terá o mesmo impacto da geração anterior, que deslumbrou o mercado em 2012. O sedã manterá alguns aspectos consagrados como os farois e grades estreitos, o jeito de cupê, a traseira curta e o painel de dois andares, mas ganhará mais vincos nas laterais e terá frente menos pronunciada e traseira comum, com lanternas triangulares e que não invadem a tampa do porta-malas.
Por dentro, o segundo andar do painel ganhará mais espaço e um visor extra na lateral direita. O console central estará mais voltado para o motorista, mas a disposição dos instrumentos não muda tanto. O rádio, no entanto, perde os dois ótimos botões giratórios laterais para se concentrar em apenas um, central. O volante, um dos pontos mais apreciados do modelo, pelo menos no exemplar flagrado, perde o formato esportivo e a acabamento em couro. Mas duvido que a Honda brasileira vá adotar isso sabendo como ele é popular por aqui. Os comandos satélites deixam de ser do tipo switch para ser do tipo circular.
Se a parte visível não impressiona, a que não vemos deve surpreender. O Civic promete ser mais leve e tão espaçoso quanto o atual. Com isso, o desempenho melhorará da mesma forma que o consumo, mas é estranho imaginar que não teremos evolução na motorização, segundo diz a Autoesporte. Com os rivais com motores 2.0, fica complicado oferecer um 1.8 que não é assim um primor de performance.
Só espera-se que Honda seja mais generosa na hora de equipar o carro, sem cobrar absurdos por isso. A concorrência está maior e oferecendo muita coisa. Por isso, itens como ar-condicionado digital dual zone, sensores diversos, piloto automático e Bluetooth precisam vir de série.
Como se vê, é um momento delicado para a Honda. Se acertar, bem, mas se errar o Civic pode virar coadjuvante no mercado brasileiro. Uma pena.