E o que parecia impossível há um ano aconteceu: a General Motors voltou a ter ações negociadas na bolsa de valores de Nova York esta semana. Depois de quase falir e ser socorrida pelo governo americano, a montadora encolheu, refez estratégias, aproveitou um momento de fraqueza da maior concorrente (a Toyota) e voltou a lucrar.
E muito. Quando esteve a beira do colapso, suas ações chegaram a valer US$ 1 apenas – ontem fecharam acima de US$ 34, ou mais de 30 vezes o que a empresa valia há 18 meses. Dá para comemorar? Ainda não. Primeiro porque a empresa tem um longo caminho até renovar sua linha, segundo porque a concorrência coreana e em breve chinesa está vindo com tudo e terceiro porque a Toyota, a Ford e a Volkswagen (para citar as mais fortes) também estão crescendo.
“No Brasil nada muda”, disse Jaime Ardila, o presidente da marca na região, à Folha de São Paulo, mas achamos o contrário. Nas épocas magras, a filial brasileira teve que mandar dinheiro para a matriz para ajudá-la a não quebrar antes. Hoje, a GM brasileira vive uma fase mais independente embora ainda contribua com o caixa da sede americana. Com a GM dos Estados Unidos com dinheiro em caixa após a volta à bolsa, a tendência é que a GM brasileira fique mais solta para concorrer aqui e assim acelerar projetos para finalmente modernizar sua idosa de linha de produtos. É o que a lógica prega, mas nem sempre ela é seguida em se tratando de GM.