A partir de hoje, milhares de pessoas nos Estados Unidos – e por que não dizer no mundo – estarão de olho em Washington, capital do país. É que começa a ser analisada e votada a ajuda pedida pelas três grandes montadoras americanas para sobreviver no mercado.
As primeiras notícias são até positivas. Os democratas estão costurando um acordo para oferecer US$ 15 bilhões para as três terminarem 2008 e terem um pouco de fôlego para 2009, na esperança que a crise financeira dê sinais de que está no fim.
A contrapartida seria o compromisso de GM, Ford e Chrysler lançarem modelos mais econômicos e menos poluentes daqui para a frente, além de outras mudanças para tornarem-se lucrativas.
Num momento delicado como esse no mundo, claro que seria bom que não houvesse um choque de desemprego, caso as três não sobrevivam, mas o que os políticos americanos e os executivos de Detroit não estão lembrando é que o consumidor não busca apenas um carro econômico ou ecológico. Ele quer um produto que o atraia, que lhe passe confiança e que tenha um preço justo. E isso não se obtém apenas porque os congressistas querem, é uma questão de mercado em que os japoneses – e mesmo coreanos – estão muito à frente.