A General Motors tem sido um assunto frequente na mídia nas últimas semanas. Nem todos por um bom motivo, é verdade. A primeira notícia foi a desistência de vender carros da Chevrolet na Europa, um retrocesso na estratégia de globalizar sua marca mais conhecida. Agora, a ordem é investir novamente na Opel e na sua clone britânica, a Vauxhall. A justificativa é dar algum alento às duas marcas, que andam mal das pernas. Não parece ser a melhor saída a longo prazo, no entanto.
Depois tivemos a saída às pressas de Dan Akerson da presidência por questões pessoais. A boa notícia é que uma mulher assume seu lugar – Mary Barra, que fez carreira na empresa. Outro assunto positivo foi a vendas das ações da fabricante pelo governo americano que, assim, encerra a “intervenção” lançada em 2008 para salvá-la e também a Chrysler.
Mas eis que surge outra má notícia: a montadora Holden, da Austrália, sairá de cena em 2017. A marca continuará existindo mas como uma rede de concessionárias. Não ficou muito claro o que a GM fará com ela, apenas que as duas fábricas que existem no território australiano serão fechadas.
A GM pode, sim, produzir Holdens – ou carros com sua logomarca – em outros países como a Coreia do Sul e exportá-los para lá, mas nem isso é certo. O que é nítido é o fato de que a Austrália não é um país competitivo para a indústria automobilística. Nem mesmo seu mercado interno justifica uma linha de produção local, assim como fez a Ford recentemente, que também desistiu do país.
Uma pena. Para quem gostava do Omega australiano, lá conhecido como Commodore Calais, é o fim de um sonho.