Dá até para imaginar a cidade de Detroit lá pelas 19h00: enquanto as pessoas voltam do escritório preocupadas, lá num prédio com um logo oval azul só se vê comemoração, happy-hour. A Ford, realmente, vive um momento impressionante para uma empresa que estava às margens do epicentro do terremoto do ano passado. Por mais que não tivesse emprestado dinheiro como suas colegas GM e Chrysler, ela também vive do mercado americano, despedaçado depois da crise financeira.
Contrariando qualquer previsão, a Ford emergiu mais forte desse abalo e hoje comemora vendas acima da concorrência – Toyota e Volks, por exemplo -, o lançamento de várias novidades mundiais e dinheiro em caixa, em grande quantidade. Uma dessas novidades surgiu hoje, o Start, um subcompacto do porte do Ka, mas com tecnologia muito mais avançada e que deve virar um carro urbano para as 20 maiores megalópoles do mundo.
São Paulo e Rio de Janeiro? Quem sabe. Com o valor dos impostos aqui, fica difícil. Mas a proposta é das mais interessantes a começar pelo design. Linhas curvas mescladas a traços retilíneos nos faróis – reparem no brake-light, instalado numa espécie de “leme” no teto – talvez uma antena também?
O melhor está dentro do carro: o inédito motor Ecoboost com apenas 1 litro e 3 cilindros. Potência não revelada, mas estimada em 100 cv e emissão confirmada de apenas 100 g/km rodado. Achou pouco? O painel traz o sistema MyFord Mobile com cara de iPhone e funções integradas pela interface sensível ao toque ou por voz.
O Start será apresentado na China no Salão de Pequim, mas a Ford ainda não revelou como e quando produzirá o modelo. Mas que vai, isso não há resta dúvida.