E mais uma vez os brasileiros foram zombados pelos estrangeiros. Desta vez, a renomada revista Forbes publicou na última sexta-feira, 11, uma nota comentando sobre o preço praticado pela Chrysler no Grand Cherokee em nosso mercado. Nos Estados Unidos, país em que a publicação atua, o modelo é vendido por US$ 28 mil, enquanto em nosso país o preço é de R$ 179 mil, em torno de US$ 89.500. Ou seja, enquanto pagamos quase cento e oitenta mil reais por um exemplar por aqui, nos EUA, com a mesma quantia, é possível levar pra casa três unidades do Grand Cherokee, restando ainda US$ 5,5 mil para pagar o seguro, por exemplo.
O jornalista Kennet Rapoza, que assinou a reportagem, ironiza dizendo que, por esse preço, o SUV deveria vir equipado com peças banhadas a ouro, mas “ele vem só com o básico”. Rapoza antecipou ainda a apresentação do Durango, novo utilitário-esportivo da Dodge, no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro, como também a versão com motor a diesel do novo Cherokee. O Durango deverá ser comercializado por aqui por em torno de R$ 190 mil. No mercado norte-americano, o utilitário pode ser encontrado por US$ 28.955, ou R$ 58.490. Isto é, mais uma vez pagaremos mais que o triplo por um carro da Chrysler.
“Sorry, Brazukas, não existe status em carros como Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand Cherokee ou Dodge Durango”, importuna o jornalista. “Não seja enganado pelo preço, vocês estão definitivamente sendo roubados”, completa. Porém, não é preciso de uma publicação desta publicada pela Forbes para nos mostrar que somos, na verdade, roubados pelo governo e pelas montadoras, que riem atoa a cada exemplar vendido no País. Se iremos evoluir nesse quesito? Só se os brasileiros começarem a comprar carros semi-novos, que, dependendo do estado de uso, são bem mais negócio que os modelos zero km. Além disso, outro fator que contribui para a “roubalheira” é a troca de carros, novos, com pouco tempo de uso, como um ou dois anos.