Ainda é cedo para julgar se a Fiat colocará a Chrysler nos eixos e se associação de duas empresas tão diferentes dará certo – os americanos já mostraram que são osso duro de roer depois de várias fusões fracassadas -, mas o “toque italiano” presente em Detroit não foi assim nada otimista. A Fiat levou para lá o 500 BEV e o Abarth 500 SS, o primeiro é uma versão com motor elétrico desenvolvido já há algum tempo pela Chrysler e o segundo, um esportivo com motor 1.4 Turbo de 160 cv.
Vendo o 500 elétrico, no entanto, nota-se que a adaptação parece ter sido feita apenas para a exposição. A Chrysler garante que o carrinho anda 160 km sem precisar recarregar, mas seu custo, de US$ 40 mil, torna inviável sua comercialização.
Mas o sinal que a parceria começou com o pé esquerdo é o “Chrysler Design Study”, nada mais que um Lancia Delta com uma grade no estilo da marca americana e alguns retoques de última hora. Lógico que a Chrysler não assumiu a paternidade do filhote, preferindo deixá-lo com esse ar de “olha só a brincadeira que criamos, o que vocês acham?”.
Não sabemos quem teve a infeliz ideia de achar que Lancia e Chrysler têm algo em comum. Terá sido Sergio Marchionne, o todo-poderoso chefão do grupo? Ou o mundo mudou demais ou “Chrysler Delta” já nasceu morto.