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Fiat Ottimo é o sucessor do Bravo, pelo menos na China

Fiat Ottimo

Não se pode culpar a Fiat por não tentar. Os italianos continuam na sua cruzada em busca do Santo Graal do mercado automobilístico, o cliente de carros médios. Lá fora, a marca patina nessa área, seja na Europa ou na Ásia. Nos Estados Unidos, há uma pequena exceção, onde o Fiat 500 e seus derivados ganharam um ar cult. Mas nenhum volume de vendas que mude o mundo.

Já no Brasil, seu maior mercado global, é uma novela longa que só teve uma fase ótima, a da época do Tipo, que experimentou um boom de vendas antes de cair em desgraça após os incêndios. De lá para cá, vieram o Brava, o Stilo e, agora, o Bravo. Mas nada de liderança ou vendas significativas.

Talvez o próximo capítulo seja o desse carro das fotos, o Ottimo. Hatch derivado do sedã Viaggio (que por sua vez vem do Dodge Dart), o modelo foi mostrado nesta quinta-feira no Salão de Guangzhou, na China. Não existem muitos dados sobre o carro, mas sabe-se que o Ottimo chegará ao mercado para tentar ajudar o sedã a emplacar por lá. Para isso deve usar a mesma receita do Viaggio, ou seja, motor 1.4 turbo com 150 cv e 120 cv, e opções de câmbio manual e automática.

Fiat Ottimo

O Fiat Ottimo deve ser maior que um Bravo: a largura certamente é superior e o entreeixos também, caso a Fiat tenha optado por manter a distância do sedã, de 2,7 m. A Fiat tem uma joint-venture no país, a GAC Fiat Automobiles, que construiu uma fábrica na cidade de Changsha com capacidade para 140 mil unidades/ano, mas que deve fechar 2013 com apenas 38 mil carros vendidos. Com o Ottimo, a pretensão é dobrar o volume.

Fiat Ottimo

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Há quem aposte que a Fiat lançará o Viaggio e o Ottimo no Brasil, certamente com outros nomes. Porte os dois têm, visual atraente também, mas será que é só isso que basta? Um executivo da Fiat um dia me explicou um dos problemas que a marca tem em vender carros como esse: “o vendedor da concessionária está acostumado a tirar pedidos de Unos, Palios, sem precisar explicar muito”, disse. “Quem compra um carro mais caro conhece o produto e quer mais argumentos para fechar negócio e, para muitos desses vendedores acaba sendo um trabalho desinteressante”, conclui. Como se vê, o “Santo Graal” será uma aventura épica com mais capítulos para a Fiat.

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