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Fiat Freemont é tão bom quanto Dodge Journey

Fiat Freemont Emotion

Coitada da Dodge no Brasil. Eles têm apenas um modelo na linha, o Journey, e a Fiat acaba de lançar o Freemont, justamente o “clone” do modelo. E o pior (para a Dodge), o carro da marca de Betim (MG) é bem mais barato e as diferenças não são tão grandes. E tem mais. A rede de lojas da fabricante norte-americana não chega a 20 pontos. A Fiat possui mais de 560 concessionárias. “O plano é vender entre 1.000 a 1.500 unidades por mês”, apostou alto Lélio Ramos, diretor comercial da marca, durante o lançamento do veículo. O Journey, em um mês muito bom, tem mais de 200 emplacamentos.

E o Journey é um carro bem legal. A cabine tem mais de 20 porta-objetos, incluindo alguns bem interessantes, como no assoalho e outro debaixo do banco do passageiro, e os assentos flexíveis, que permitem mais de 32 configurações de interior. O Freemont manteve alguns desses detalhes e conta até com opção para 7 ocupantes na série Precision, top de linha por R$ 86.000. Com cinco bancos, na versão Emotion, o modelo saí por R$ 81.900. O Dodge é bem mais caro: a opção de entrada é o SXT por R$ 99.000. Coitado…

A Fiat também entendeu que o motor V6 do Journey não cairia bem em seu “novo” carro, por isso optou pelo bloco 2.4 16V a gasolina de 174 cv. Esse motor, aliás, é o mesmo do “finado” Chrysler PT Cruiser. Claro que a comparação com o Dodge é inevitável, mas a diferença não é tão surpreendente. O modelo americano, apesar de ser um “seis canecos” gera parcos 184 cv, o que é pouco de para empurrar uma estrutura de mais de 1.800 kg. Os 174 cv do Freemont então é menos ainda.

Fiat Freemont Emotion

Assim como o Journey, o Freemont não emociona ao volante em questão de desempenho. Anda um pouco menos apenas e por ter apenas quatro cilindros é mais econômico quando bebe combustível. Já o câmbio é somente automático e conta com 4 marchas em modo sequencial – Dodge tem 6 velocidades -, que funciona de forma suave e sincronizada, apesar da concepção ultrapassada.

Apesar dessas diferenças, o Fiat me passou a sensação de ser mais confortável que o Journey, principalmente pelo ajuste da suspensão. O Dodge me pareceu balançar mais. O isolamento acústico do carro também merece elogios. Quase não se ouve o motor com o carro em movimento, mesmo na estrada acima dos 100 km/h. Por conta desses atributos, o Freemont é um carro agradável de dirigir. Quem tem uma família grande certamente vai gostar, assim como também pode gostar de outros modelos desse ramo.

Por ser um Fiat, até que o Freemont vem muito bem equipado de fábrica – a propósito, ele é feito no México, na mesma linha do Journey. A série Emotion já vem com ar-condicionado dual zone, airbag duplo frontal, ABS, controles eletrônicos de tração e estabilidade, sistema de som, e por aí vai. O Precision vem com isso tudo mais 4 airbags e ar-condicionado tri-zona. Como opcionais, interessados ainda podem inclui bancos de couro e teto solar.

Para quem não sabe o Journey virou Freemont por conta da união da Fiat com o Grupo Chrysler, que está se salvando graças aos italianos, que em contrapartida já utilizam fabricas e a rede de lojas da empresa americana.

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