A Fiat apresentou nesta noite de quarta-feira no Rio de Janeiro o novo Bravo, o hatch médio que sucede o Stilo depois de um período extremamente longo de gestação. O carro não é novidade: existe na Itália desde 2007 e já era testado no Brasil há um bom tempo, mas a crise financeira assustou a montadora que preferiu segurar seu lançamento. Além disso, o Bravo compartilha muitos componentes com o Stilo – até o entreeixos é o mesmo, de 2,6 m.
Mas o modelo tem outra concepção, talvez a mais racional e bela que a Fiat produziu nos últimos tempos. Não tem, claro, mais impacto, mas agora sim a marca pode ter alguma chance de competir no segmento – que me perdoem os fãs do Stilo, mas o carro nasceu de forma estranha: tem ideias de minivan, formato retangular e uma identidade visual que nunca teve nada a ver com outros produtos da marca.
O Bravo não. É Fiat – e até em certos ângulos um Alfa – com design esportivo e soluções mais simples e objetivas. Vamos andar no carro só amanhã na pista de Jacarepaguá e na região da Barra da Tijuca, mas o carro promete agradar, pelo menos na explicação técnica da montadora.
Os preços, bem, esses subiram. Tudo bem que o Stilo já estava numa situação enfraquecida no mercado e por isso custava menos, mas a Fiat começou pedindo R$ 55.200 pelo Bravo Essence manual, valor que sobe para R$ 57.800 no modelo com câmbio Dualogic – que a Fiat insiste em chamar de “automático”.
A diferença para o Absolute é de R$ 7.000 que inclui o ABS, item inexplicavelmente tirado do Essence – em vez disso, temos faróis de neblina de série em todas as versões. Ou seja, o Bravo Absolute custa R$ 62.250 no manual e R$ 65.200 no Dualogic. Detalhe: as borboletas no volante são item exclusivo desta versão.
Por fim há o T-Jet, que só será vendido entre fevereiro e março de 2011. Com preço convidativo (R$ 67.700), o Bravo T-Jet é mais discreto que seu irmão Punto, mas traz vários equipamentos de série como ESP, ASR e câmbio de seis marchas manual importado da Itália. Para completar, o botão Overbooster no painel dá mais 2 kg de torque entre 2.000 e 4.000 rpm, uma forma de compensar o maior peso do Bravo em relação ao Punto.
Aliás, o Bravo T-Jet tem velocidade máxima maior que o Punto T-Jet – 206 km/h contra 203 km/h, mas perde em aceleração – 8,7s contra 8,4 segundos do hatch compacto.
O Bravo Essence e Absolute, com o motor 1.8 16V E.torQ, chegam a 191 km/h com gasolina e 193 km/h com etanol. A aceleração de 0 a 100 km/h leva 10,3 segundos e 9,9 segundos, respectivamente.
O T-Jet tem suspensão 2 cm mais baixa com acerto mais rígido, o que deve propiciar boa diversão para os jornalistas amanhã. Vamos ver se o Bravo tem cartas na manga para encarar a dupla Focus/i30 ou se vai brigar pelo pelotão de trás como seu antecessor.
Parece bom , mais 7.000 a mais por um ABS.????Nâo vale o preço cobrado.Não compraria,não mesmo.Não sei mas por 67.000 acho que já da para comprar um Civic ou Corolla.Outra categoria muito superior ,não tem como comparar.Ou a Fiat tá louca ou o Brasileiro é BURRO mesmo.
@luiz
A Fiat não está louca – eles estão adotando o mesmo nível absurdo de lucro de todos os outros modelos. Dá vergonha de morar nesse país aonde o consumidor aceita qualquer porcaria por preços absurdos.
Esse Bravo retardado custa o mesmo que um Impreza importado do Japão, que paga uma montanha de impostos a mais. Fora isso, esperem algumas semanas para o anuncio de um modelo novo na Europa, incomparavelmente mais bonito que esse aí…
parabéns à todos os brasileiros que com certeza comprarão essa "máquina".
vcs contribuem muito para um país "melhor" do que já está.
Tenho um Punto TJet em casa e o motor é muito bacana, tenho certeza que cairá bem no Bravo!
A VW poderia pensar em fazer o mesmo com seus modelos. A matriz ganhou muito em escala oferecendo o 1.4 (aspirado de 90, turbo 120, 140, 150, 160 ou 170 cv) em praticamente todos os modelos abaixo da Touareg.
Só espero que vendam essa versão do Bravo para pessoa jurídica (o que não ocorre no Punto na versão TJet), pq daí o preço fica um pouco menos ridículo.