O nome do Fiat Argo deu muita repercussão na internet após ter sido divulgado pela marca. “Argo de errado” foi uma das frases bastante proferidas pelos internautas nos últimos dias. Logo, para não causar má impressão, a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) divulgou a origem do nome do novo hatch compacto e também do subcompacto Mobi e da picape Toro.
Segundo a FCA, são 10 princípios universais para escolher um bom nome. Ele precisa ser simples; significativo; diferenciado; modular; passível de proteção (patentes); positivo; visual; multi-idioma e orientado para o futuro; além de precisar soar bem.
A união desses princípios é considerada pela equipe responsável pelas equipes de criação de nomes na Fiat. “A equipe nunca é igual”, explica Cely Cordeiro, da área de pesquisa da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). “O grupo de trabalho é majoritariamente Fiat, mas não é nada restrito. Formamos sempre um time coeso, com pessoas de todos os tipos e formações, que estão abertas para esse trabalho de criação. É uma equipe multidisciplinar”.
De acordo com a marca, cada novo carro tem a sua própria equipe, criada especialmente para cumprir a missão de nomeá-lo. “É essencial que seja assim, ou correríamos o risco de trazer sempre mais do mesmo. A gente gosta de fazer o grupo girar, trazer pessoas novas”, conta Cely.
Essa decisão começa com um briefing na área de Brand, explicando detalhadamente o carro; categoria de mercado; diferenciais do segmento; concorrentes, entre outros. Após isso, vem a “etapa de imersão”. E depois, ninguém sabe exatamente o que acontece. “Mudamos sempre a dinâmica. A cada novo lançamento, fizemos diferente. Não é apenas a equipe que muda”.
Conforme informou a empresa, os nomes são listados; repassados e passam por uma pesquisa onde escolhem as melhores opções e eliminam as que não serviriam, seja por sonoridade ou significado, por exemplo. Na Fiat as etapas estão todas descritas no “Naming Concept Method”, que passou a servir de caminho para a criação dos nomes dos carros e também suas versões.
“Quando finalizamos o trabalho, chegamos a uma lista mais enxuta, com cerca de 10 nomes, todos perfeitamente aplicáveis ao novo carro”, conta Cely. “A lista vai com os nomes na ordem que recomendamos, com base em todos os critérios adotados, e acompanhados dos motivos”. Os nomes não usados podem passar a nomear versões do veículo ou até futuros carros; como é o caso da Toro, que podia se chamar Volcano, nome usado na versão topo de linha.
O nome Argo remete ao mito grego de Jasão e aos Argonautas, que viajavam a bordo da nau Argo, construída pelo semideus Argos sob orientação da deusa Atena. Após a missão ter sido concluída, Argo foi consagrado a Poseidon e se transformou na Constelação de Argo. Sendo assim, a Fiat já está considerando o Argo como sua “nova estrela”, que “tem luz própria e em breve será lançado”.