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Fernando Calmon: GNV fica competitivo, mas riscos aumentam

Siena Tetrafuel 2006 – primeiro tetrafuel do mundo, abastecido com etanol, gasolina, gás natural e gasolina sem etanol

Fernando Calmon – GNV FICA COMPETITIVO, MAS RISCOS AUMENTAM – Sempre que há um reajuste mais forte nos combustíveis para automóveis (gasolina e etanol), como ocorre agora, aumenta a procura por kits de gás natural veicular (GNV). Não se trata propriamente de uma conversão porque não há mudanças de grande extensão nos motores a gasolina ou flex. Por outro lado, há necessidade de respeitar as normas técnicas e seguir toda a legislação para uma instalação segura.

O cálculo para saber se vale a pena o investimento depende da quilometragem anual percorrida. No caso de táxis e carros de aplicativo que costumam rodar 50.000 km/ano a economia chega a R$ 15.000 em 12 meses: uma vantagem financeira de peso.

Quanto aos demais motoristas é preciso fazer contas. Um kit GNV instalado e legalizado custa hoje em torno de R$ 5.000 e cada inspeção anual, R$ 300. Há ainda uma inspeção especial a cada cinco anos. Trata-se de um teste hidrostático para avaliar a integridade do cilindro e o preço fica em torno de R$ 350. Em relação aos incentivos, há um desconto de 62% no IPVA, no Estado do Rio de Janeiro, mas no Estado de São Paulo é bem menor, 25%, semelhante a outros Estados.

Aos preços médios atuais do GNV, em torno de R$ 5,00/m³, os vendedores de kit GNV estimam que é vantajoso a instalação para quem roda em torno de 25.000 km/ano. Não se trata de regra exata, pois há outros custos envolvidos. O peso adicional dos cilindros reflete na durabilidade de pneus, molas e amortecedores e isso precisa ser levado em conta.

Na venda do carro usado há uma tendência de desvalorização maior, quando o cilindro é retirado para colocação em outro veículo. Os furos de fixação na estrutura ficam e os lojistas de veículos usados costumam depreciar.

Outro problema é o número elevado de carros sem regularização, segundo a Associação Nacional dos Organismos de Inspeção. Pesquisa feita nos 37 maiores postos de GNV na Grande São Paulo indica que 70% dos 3.000 veículos que abasteciam não tinham registro no Renavam. A checagem obrigatória não ocorre em muitos casos porque a inspeção avalia o veículo como um todo e quem tem alguma pendência teme ser reprovado.

Na medida que esses veículos envelhecem os riscos de explosão ao abastecer aumentam, se as inspeções deixarem de ser feitas.

Picape Ram 3500 é superlativa até no preço – Apesar de dimensões praticamente iguais aos modelos 2500 e 1500, a topo da linha Ram, a 3500, oferece mais equipamentos, além de carga útil (1.752 kg) e de reboque (9.081 kg) superiores. O motor Diesel de 377 cv/117 kgfm ganhou 12 cv (3 cv e 7 kgfm extras), mas com peso em ordem de marcha (3.600 kg) maior que a 2500 o desempenho acaba sendo o mesmo.

Ram 3500 dispõe de estribos laterais retráteis elétricos (fixos na Laramie, de entrada) e acabamento interno superior, incluindo apliques de madeira legítima. Volante só permite ajuste manual de altura, mas a regulagem dos pedais é elétrica. Central multimídia tem tela de 12 polegadas e conexão sem fio. No console central cabe um laptop de 15 polegadas e inclui duas tomadas de 115 V. Há nove portas USB, o que atende também os passageiros do banco traseiro.

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Novidade da versão Longhorn é o equivalente à quinta roda dos caminhões no centro do assoalho da caçamba, que permite a capacidade máxima de reboque. Um modo de utilização rara no Brasil. Ram 3500 exige carteira de habilitação categoria C, igual à de motoristas de caminhões. Os preços vão de R$ 484.990 a 529.990.

ALTA RODA

Fernando Calmon

fernando@calmon.jor.br e www.fernandocalmon.com.br

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