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Fernando Calmon – Buracos – Chevrolet Montana

Chevrolet Montana 2023

Fernando Calmon – Buracos nas pistas são tormentos aos motoristas – Quem já não teve ou conhece quem teve problemas ao passar em buracos (às vezes crateras), desníveis, quebra-molas mal sinalizados e/ou fora das especificações ao trafegar por ruas e estradas brasileiras? O prejuízo pode ser de um ou mais pneus, rodas amassadas ou quebradas, danos graves nas suspensões ou na estrutura do veículo e até acidentes, como ao desviar destes obstáculos.

O Código de Trânsito Brasileiro deixa explícito que a arrecadação de multas deve ser compulsoriamente aplicada em campanhas de segurança e, de forma indireta, na conservação e sinalização de toda a infraestrutura viária inclusive pistas não pavimentadas. Também é o caso do IPVA, imposto estadual sobre a propriedade de veículo automotores. Na prática o dinheiro arrecadado vai para o Tesouro e se transforma numa caixa preta.

Entretanto, é possível pedir indenização junto à autoridade com jurisdição sobre a via (municipal, estadual ou federal) ou mesmo das concessionárias que cobram pedágios. Neste último caso é raro acontecer problemas porque a conservação da via costuma ficar mais barata do que a intervenção tardia com custos maiores.

Facilita contratar um advogado e se munir de provas como fotos (do buraco e dos danos ao carro), de possíveis testemunhas e formalizar queixa para obter o boletim de ocorrência. Depois, orçar o conserto em mais de uma oficina e anexar os recibos ao processo. Se o acidente, ao tentar desviar do obstáculo, envolver outro veículo tudo deverá estar documentado. Pode-se incluir o segundo prejudicado na ação de perdas e danos.

O problema dos buracos, em escala bem menor, ocorre em outros países, porém o desfecho costuma ser diferente. Na Grã-Bretanha a revista What Car teve acesso ao valor das indenizações. Entre 2018 e 2021 foram pagas 12.991.216 libras esterlinas (R$ 84 milhões) em compensações aos britânicos.

Houve mais de 145.000 processos. A revista entrevistou 470 motoristas com danos aos veículos nos últimos 18 meses. Dois terços deles estavam cientes que poderiam reivindicar indenização pelo prejuízo, porém só 10,2% haviam tomado providências.

O valor médio das compensações financeiras foi de 347 libras esterlinas (R$ 2.255), enquanto o custo médio de reparo na pista era de apenas 47 libras esterlinas (R$ 305). Demonstra que sempre fica mais barato consertar do que indenizar.

Segundo o RAC (Automóvel Clube Real) o número de veículos danificados mais que dobrou em 10 anos.

Bom espaço interno e caçamba versátil na Montana – Em novo capítulo da estratégia da Chevrolet, que dura um ano de revelação em etapas da inteiramente nova picape intermediária Montana de cabine dupla houve apresentação estática em estúdio. Observada sem nenhum disfarce, na versão de topo Premier, o impacto visual é muito positivo. Até parece maior do que as linhas externas sugerem (4.720 mm de comprimento). Nas fotos, a frente se assemelha à da Toro, mas ao vivo apresenta diferenciação como proporções da grade tripartida.

Vista de perfil agrada o desenho da caçamba com laterais um pouco mais altas para ganhar volume útil (874 litros declarados). Uma caixa disponibilizada como acessório organiza diferentes itens e aumenta a versatilidade da caçamba, que conta com oito argolas para amarração. Distância entre eixos e capacidade de carga ainda não reveladas, mas certamente inferiores às da Toro, picape maior que carrega até uma tonelada, contra estimados 650 kg da Montana.

Rodas de liga leve de 17 polegadas têm desenho bonito e pintura escura na versão de topo Premier. Pneus são Michelin Primacy 4, na medida 215/55R17, especialmente desenvolvidos para o modelo. Suspensão traseira é por eixo de torção e molas helicoidais com batentes de Cellasto de duplo estágio. Falta rodar com a picape para conferir sua dirigibilidade.

No interior, o motorista identifica logo o aspecto geral do Tracker. Central multimídia de 8 polegadas integra-se ao quadro de instrumentos, mas este não é digital nem colorido. Há conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, wi-fi dedicado e rastreamento OnStar. Carregamento do celular por indução disponível só na versão Premier. Nesta os bancos são revestidos em material que imita couro (LTZ, parte central em tecido).

Acomodação no banco traseiro destaca-se pelo bom espaço para pernas e cabeça, assoalho quase plano e inclinação do encosto mais próxima de automóvel do que de picape. O fabricante afirma que o espaço para joelhos é 10 mm maior do que o da Toro. A conferir.

Motor tricilindro 1,2 litro turbo flex é o mesmo do Tracker: 133 cv (E)/132 cv (G) e 21,4 kgfm (E)/19,4 kgfm (G). Câmbio automático epicíclico de seis marchas, porém versões de entrada (mais orientadas para trabalho e ainda a serem lançadas) oferecerão câmbio manual de seis marchas.

Veja também: Os carros mais velozes das últimas 8 décadas

Entregas da Montana começam em fevereiro próximo por R$ 140.490 (Premier) e R$ 134.490 (LTZ).

ALTA RODA

Fernando Calmon

fernando@calmon.jor.br e www.fernandocalmon.com.br

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Fernando Calmon – Buracos – Chevrolet Montana

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