A foto acima esclarece muito sobre o novo Corolla nacional, que será lançado em março de 2008. Ela não é do nosso modelo e, sim, do norte-americano e foi revelada hoje no SEMA, o maior salão de tuning do mundo. Mas o que ela tem de tão importante, você deve estar se perguntando.
O Corolla dos Estados Unidos elimina qualquer surpresa que poderia surgir na nossa versão isso porque tradicionalmente estamos alinhados com o modelo de lá. Porém, a Toyota preferiu padronizar o sedã no Ocidente (apenas o Japão tem um carro diferente), ao contrário do que ocorria antes. Ou seja, o Corolla que teremos aqui é mesmo o que foi mostrado no ano passado na Europa.
Isso significa um carro menos ousado do que se pensava. A Toyota, ao contrário, preferiu mantê-lo mais conservador que o Civic e alinhado com o visual do Camry, o sedã mais vendido dos EUA. O que teremos é um carro elegante, com acabamento melhor, painel mais moderno, mas com dimensões quase iguais ao do Corolla atual. Apenas a largura foi aumentada sensivelmente, passando de 1,70 m para 1,76 m. O comprimento teve um acréscimo de 1 cm e altura caiu de 1,48 m para 1,46 m. Para piorar, o entreeixos continua com os modestos 2,60 m (o Civic tem 2,70 m).
Portanto, não espere nada mais que um carro pacato, voltado para um público que, mais do que novidade, prefere segurança e previsibilidade. Ao que consta, nem mesmo o motor deverá mudar, o que é menos grave, afinal é um equipamento moderno, potente e econômico.
Agora, a pergunta que resta é: nosso Corolla estará mais para o europeu ou americano. As diferenças são mínimas, é verdade – o primeiro tem grade com filetes e o segundo em formato de colméia. Os faróis do modelo dos EUA têm luzes de direção amareladas enquanto na Europa elas são transparentes. Nossa aposta nesses casos, é que a Toyota brasileira prefira a versão do velho continente já que o cliente daqui busca um certo requinte.
Quanto ao interior, o padrão dos americanos destoa demais do nosso, com acabamento em madeira e menos equipamentos. O europeu agradaria mais aqui, sem dúvida. Agora, ponto negativo nós encontramos na posição do piloto automático, abaixo do volante e no uso do mesmo botão do Corolla atual para ajuste dos espelhos retrovisores. Não custava mudar isso na nova geração.
Ainda assim, resta a esperança de a Toyota introduzir algumas melhorias na versão nacional, como fez a Honda com o novo Civic. Num mercado com tantos concorrentes, às vezes apenas o nome não garante tantas vendas assim…