Diferente do veterano Mille (antes Uno), a primeira geração do Palio não durou tanto tempo. Foram “apenas” 15 anos percorridos em três reestilizações até o ponto de se dizer chega. A segunda linha do compacto, que custou R$ 1 bilhão aos cofres da Fiat, finalmente foi lançada para dar continuidade a história do carro, que deve mudar de novo, quem sabe, daqui mais 15 anos. Ou menos, ou mais.
Visualmente o carro está bem melhor. A traseira cresceu, o que rendeu mais espaço para quem vai atrás (embora o porta-malas seja idêntico ao do antigo) além de entregar uma estética mais esportiva. Na frente o veículo carrega o friso cromado, característica da identidade visual mundial da marca italiana, que ultimamente está caprichando em seus projetos.
A traseira é outra parte totalmente revista com linhas mais suaves e as lanternas que se estendem até o teto, formando um conjunto parecido com o do Punto. Esse, aliás, vai ter vida dura ao concorrer ao lado do modelo estreante. A fabricante, entretanto, nega qualquer possibilidade de canibalização interna.
O interior também mudou bastante, e para melhor. Não há nenhuma evidência de plástico barato na cabine, que pode ter diferentes opções de personalização. O mesmo vale para a parte externa, que pode ser adesivada.
Acelerando o novo Palio
O novo Palio que mais gostei foi a versão Attractive 1.4. Não é tão fraco como o 1.0, nem tão agressivo quanto o 1.6. Ele é justo. Esse motor flex rende até 88 cv e o consumo médio fica na casa dos 15,6 km/l com gasolina e 10,5 km/l com etanol. Mas a melhor parte é o câmbio, que melhorou demais. Antes conhecida pela moleza nos movimentos, a alavanca agora tem manejo muito mais preciso. Dá gosto andar no Palio, finalmente.
O cuidado no acabamento pode ser notado na boa vedação acústica da cabine, que filtra muito bem o barulho do motor e demais ruídos de fora do carro. A suspensão do Palio também deixou de ser muito mole para ser apenas mole, o que ajuda também na dirigibilidade. Em curvas, por exemplo, ele demonstra mais firmeza e estabilidade.
No entanto, o Palio cobra mais por todos esses avanços ponto de colocá-lo em outro patamar dentro da gama de veículos Fiat. O cara que antes tinha dinheiro somente para comprar a primeira geração do carro, agora terá de optar pelo Uno, que assume de vez o posto do primeiro Palio. Agora o Punto que se cuide.
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