Pouco mais de dois anos após fechar a linha de produção do Classe A nacional, a Mercedes-Benz apresentou hoje o novo modelo que começou a ser produzido em sua fábrica de Juiz de Fora, Minas Gerais. É o cupê CLC, nova denominação para o antigo Sports Coupé, um esportivo de duas portas baseado no sedã Classe C.
Quando fechou as portas, em outubro de 2005, a unidade mineira virou uma dor de cabeça para a empresa alemã, afinal existiam diversos acordos com o governo do estado e com os funcionários que poderiam gerar prejuízos caso fossem descumpridos.
A saída foi deslocar para o Brasil um dos seus modelos europeus e a escolha recaiu no CLC. Como Juiz de Fora já havia montado kits do Classe C com destino aos Estados Unidos, a adaptação para o novo carro não foi complicada.
Porém, como a nova geração do sedã mais vendido da marca estava prestes a ser lançada, não adiantava produzir o Sports Coupé, foi preciso esperar pelo desenvolvimento do CLC que, ao contrário do que parece, ainda é baseado na plataforma antiga, mas com cerca de 1 100 melhorias.
É este carro que vocês vêem nas imagens, um cupê esportivo com frente e traseira inspirada no sedã Classe C (até lanternas de leds entraram no pacote), mas com interior mais simples. Mesmo assim, não há do que reclamar já que a Mercedes-Benz incorporou diversos sistemas modernos no carro, como DVD, GPS, plug para iPod e cartão de memória, sem falar no sistema Linguatronic que permite o acionamento dos equipamentos por voz.
A Mercedes não esqueceu da parte mecânica e, por isso, adotou no modelo o sistema de direção direta visto pela primeira no novo SLK. Os motores, por sua vez, estão mais potentes e cerca de 11% mais econômicos. São quatro motores a gasolina e dois a diesel, complementados por opções de câmbio manual e automática, incluindo o 7G-Tronic, de sete marchas.
Embora não diga ainda quanto pretende vender e por quanto também, a Mercedes lembra que foram entregues 320 mil unidades do antecessor desde 2001. O carro chegará ao mercado europeu em maio – não há previsão sobre sua venda aqui no Brasil ou nos Estados Unidos, outro grande mercado do CLC. Ah, se as reestilizações brasileiras fossem desse nível…