“Complete Knock-Down”, eis a frase mágica que fará com que a GM consiga recuperar o tempo perdido no Brasil. Mais conhecida pela sigla CKD, trata-se de um processo de produção que consiste em enviar um veículo completo desmontado para ser finalizado no país onde será vendido. Graças à ele, a montadora americana conseguirá lançar novos modelos em tempo recorde enquanto não nacionaliza a produção deles.
É o caso do Cruze. O sedã médio – e hatch mais recentemente – começará a ser vendido no Brasil em agosto por essa modalidade. Virá em kits de CKD para finalização em São Caetano do Sul, onde passará a ser produzido aos poucos. E a estratégia não ficará apenas nele. Há outros modelos planejados desta maneira.
A verdade é que a GM não pode perder mais tempo. Se fosse uma corrida, a GM estaria uma volta atrás dos líderes. Querem um exemplo? O Vectra (na verdade, o Opel Astra da geração anterior) chegou em 2005, cerca de três anos depois da Europa. Tinha força para brigar com o Corolla “Brad Pitt” e com o Civic lançado em 2000, mas logo ficou obsoleto quando Honda e Toyota lançaram as novas gerações desses modelos.
Se fosse esperar pela produção nacional do Cruze, talvez o carro não ficasse pronto até o final de 2012. Aí o problema se repetiria e o Cruze estaria natimorto.Com o CKD, ela antecipa a chegada e aproveita o bom momento do câmbio para importação – quase todos os países produtores hoje são mais baratos que o Brasil.