Não só em outras situações da vida o “estar no lugar certo na hora certa” vale. No setor automobilístico a regra surge a toda hora. E como. Lembro do lançamento do Corsa II, em 2002. Foi o último compacto que a Chevrolet trouxe em linha com a Europa, mas chegou tarde, três anos depois do continente europeu. Mesmo com um tapa no visual, o modelo não agradou porque se comparado ao Fiesta perdia em design e espaço interno, embora fosse um carro melhor em vários aspectos.
Tanta enrolação para dizer que o C4 hatch é outro desses modelos que chegou tarde. Enquanto o C4 Pallas teve um bom período de vendas, a versão hatch, embora mais antiga, demorou para desembarcar por aqui. Nesse meio tempo, o visual então ousado, o nível de equipamentos e o famoso volante de cubo fixo perderam o ar de novidade.
Para piorar, um certo i30, vindo da Coreia sem motor flex, chegou ao país encantando os órfãos fãs de hatches, que estavam cansados de só ver novidade para valer nos sedãs.
Agora a Citroën tenta, digamos espremer mais um pouco da laranja para ver se ainda saem algumas gotas. Lançou a linha 2011 do modelo ressaltando seu pacote rico em equipamentos e acrescentando alguns itens como faróis de xenônio direcionais, controle de estabilidade e tração e espelhos rebatíveis na versão automática. Tudo isso para o Exclusive que agora recebeu o sobrenome Sport.
O GLX segue melhorado também, mas somente na versão automática e motor 2.0 – o 1.6 ficou com o câmbio manual. Anúncios na TV, revistas e internet vão relembrar os consumidores dos seus dotes, mas a verdade é que no nosso mercado é raro um modelo ter uma segunda chance – com a mesma geração.
C4 1.6 (110/113 cv) GLX manual: R$ 53 400
C4 2.0 (143/151 cv) GLX automático: R$ 62 000
C4 2.0 Exclusive Sport manual: R$ 60 900
C4 2.0 Exclusive Sport automático: R$ 69 990