Preocupado com os rumores negativos após o anúncio da concordata da Chrysler, o presidente da empresa no Brasil Philip Derderian concedeu entrevista a algumas revistas, como a Auto Esporte. A intenção foi mostrar que a Chrysler continua funcionando normalmente no país, o que já havia ocorrido em outra ocasião.
Derderian aproveitou para afirmar que o sedã Trazo C, mostrado no Salão de São Paulo, chegará em setembro. Só faltaria a homologação do modelo, que será flex. Também disse que as vendas estão normais, exceto pelos modelos Journey e Ram que, por serem fabricados no México, estariam atrasados com os problemas da gripe suína, que fechou a fábrica da empresa.
Discurso bacana, com as melhores das intenções, mas não dá para negar que a operação brasileira está praticamente em estado de suspense. Enquanto a matriz digere o pedido de concordata e a Fiat começa a traçar a nova estratégia, é difícil planejar algo por aqui.
O próprio Trazo C virou um estranho no ninho: como é um Tiida sedã, da Nissan, já não faz sentido ter esse carro se a Fiat irá produzir outros modelos do tipo na América do Norte. Até porque o Trazo é um remendo de Chrysler – teve apenas a logomarca trocada.
Quanto aos demais modelos, os únicos que estão a salvo são o 300C e o Grand Cherokee, que terão versões melhoradas em breve. A Ram, com a crise, perder mercado, o Wrangler está condenado e o PT Cruiser, deixará de ser produzido. O Journey faz boa carreira, mas será que a Fiat não o mandará para os Estados Unidos para ficar com a unidade mexicana para produzir outros modelos?
Realmente, 2009 será um ano de incertezas na Chrysler.