Há algo de muito errado com a indústria automobilística brasileira e parece que ninguém quer ver. Não faz muito tempo, exportávamos uma boa quantidade de veículos para outros países, mas a volatilidade do câmbio e os nossos maravilhosos e altos custos de produção passaram a inviabilizar isso. Agora temos um novo fator, a qualidade dos produtos brasileiros. Ao menos foi esse o motivo alegado pelo representante chileno da Peugeot, que optou por importar o 206+ da França em lugar do “207” brasileiro.
Que o 206+ francês é mais equipado não resta dúvida, agora constatar que o 207 feito em Porto Real é inferior em qualidade, por mais óbvio que seja, é duro de admitir para a Peugeot brasileira.
Não é o primeiro caso em que um país próximo reluta em receber um modelo brasileiro em favor de um importado de outro continente. Este ano, a Nissan argentina decidiu trazer da Tailândia a Frontier pagando 35% de imposto em vez de importá-la do Brasil, onde é fabricada no Paraná e tem isenção por causa do Mercosul.