Chevrolet foi a marca que mais perdeu espaço em 2011

Nem o Cruze impediu que a Chevrolet perdesse espaço em 2011

Mais que números absolutos de vendas, o que mais importa para as marcas que atuam no Brasil é a participação no bolo. Ou seja, não adianta crescer apenas, é preciso aumentar suas vendas acima da média do mercado, que foi de 3,36% em 2011. No iG Carros, mostramos hoje que as chinesas foram as que mais subiram, claro, enquanto a Honda foi a que mais despencou em relação a 2010. Mas aqui no Blogauto mostramos outro número, o que revela quem mais ganhou e perdeu espaço no “bolo de vendas”.

Segundo nosso levantamento, com números da Anfavea e Abeiva, e contando apenas com as marcas que venderam acima de 5 mil unidades, foi a Chevrolet a maior perdedora do ano passado. Sua participação caiu de 18,7% para 17,4%, queda de 1,3%. É como se a montadora americana tivesse perdido quase uma “Mitsubishi” – que teve 1,53% de participação nesse período. A Honda, apesar da queda brutal, viu seu naco do mercado cair de 3,6% para 2,56% e foi a segunda pior nesse sentido, seguida pela Ford, que viu 0,92% do seu mercado ir embora.

Na outra ponta da lista está a Nissan. Graças aos anúncios polêmicos e à chegada dos modelos March e Versa, mais baratos, a marca japonesa deu um salto de 0,83% em 2011. É quase o que a sua irmã Renault conseguiu – 0,79%. A JAC, estreante no ano passado, abocanhou 0,65% do mercado, nada mal para quem só tem três modelos na linha e era desconhecida do público brasileiro há um ano.

Na verdade, não há muita novidade nesse fenômeno. Mesmo que as marcas tradicionais cresçam elas tendem a perder participar já que dominam o mercado – elas terminaram 2011 com dois terços das vendas gerais contra 69% em 2010. Não é de admirar que Cledorvino Belini e seus amigos da Anfavea tenham pressionado tanto o governo para impedir as vendas das marcas mais novas.