Maio reservou uma má notícia para a Chery: a JAC tomou seu lugar como maior montadora chinesa no Brasil. E seria impossível para a marca sediada em Salto, no interior paulista, segurar a onda da marca representada por Sérgio Habib. Foram nada menos que 3.039 emplacamentos contra 1.532 unidades, quase o dobro.
E isso porque a Chery começou a emplacar o QQ, carro no papel mais barato do Brasil. Talvez a Chery até consiga equilibrar esse jogo daqui para frente caso o QQ e também o Face façam bonito – Tiggo e Cielo só complementam o volume -, mas uma possível virada só poderá ocorrer com a chegada do S18 e do Fulwin.
Os dois compactos revelados no Salão do Automóvel serão produzidos no Brasil em 2013 na fábrica de Jacareí, mas ambos desembarcam por aqui no 2º semestre, primeiro o S18 e depois o Fulwin.
Na bagagem eles trazem motores flex, os primeiros em carros chineses. O S18, aliás, já tem até dados técnicos: seu motor 1.3 flex rende 90 cv e atinge 13,2 kgfm com etanol, marca bem melhor que a da versão apenas a gasolina – usada hoje no Face.
Crossover nacional
Segundo a Chery, o S18 e o Fulwin terão versões hatch e sedã vendidas e fabricadas no Brasil. Mas teremos ainda outro modelo, um inédito crossover que usará a plataforma do Fulwin e brigará no segmento do EcoSport possivelmente ali por 2014.
Até lá, a rival JAC precisará fazer algo para se manter na frente. Embora não admita, a marca tem planos de uma fábrica no Brasil – uma unidade de caminhões, por exemplo, começou a ser construída na Argentina há algumas semanas.