Num curto comunicado divulgado no final desta sexta-feira, 17, a Chery anunciou que não venderá mais os modelos S-18 e Cielo no Brasil a partir de fevereiro. Segundo a marca chinesa, “o objetivo da Chery é priorizar, cada vez mais, os seus modelos base de comercialização a partir do início da produção de sua fábrica”, que deve começar a fabricar o Celer e o QQ de nova geração no final deste ano.
Com isso, apenas o Chery Tiggo e o Chery Face continuarão a ser importados assim que Chery Celer e QQ passarem a ser nacionais. A marca reitera que os clientes do S-18 e do Cielo “terão acesso a todos os procedimentos de pós-venda em qualquer período”.
Vendas discretas
A decisão da Chery mostra que a empresa passou a enxergar o mercado de uma forma mais profissional. Até aqui, a Chery tem mostrado vários sinais de amadorismo em suas ações. Quase sempre a marca anuncia prazos otimistas para lançamento de seus modelos e acaba voltando atrás. Também fez algumas campanhas fora do tempo como a do lançamento do Celer, que teve boa repercussão na mídia, mas que frustrou os clientes por não ter carro para vender.
O caso do S-18, então, foi mais complicado. O hatch compacto é um dos seus veículos mais novos, mas chegou ao mercado com preço parecido com outros hatches da marca como o Face e o próprio Celer. Depois de emplacar 1,5 mil unidades em 2012, a Chery vendeu apenas 280 unidades em 2013.
O Cielo, por sua vez, foi um imenso fracasso, apesar do esforço em divulgá-lo – um concurso foi feito para escolher seu nome brasileiro já que na China ele é chamado de A3. Embora tenha um design esportivo, o hatch e também o sedã mal são vistos nas ruas. Em quatro anos de mercado, o Cielo emplacou pouco mais de 3 mil carros mesmo com preço bem mais baixo que a concorrência.
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Espera-se que daqui em diante, a operação da Chery mostre mais organização e foco, além de qualidade. A conferir.
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