A agência de notícias Reuters publicou nesta quinta-feira uma longa matéria sobre a BYD, a montadora chinesa considerada mais promissora até aqui. E o artigo, literalmente, desce a lenha na empresa, cujo proprietário, Wang Chuanfu, chegou a ser o homem mais rico da China em 2009, mas hoje tem “apenas” US$ 2,7 bilhões.
Chuanfu, um filho de camponeses, fundou a BYD em 1995 e virou anos depois o maior fabricante de baterias de celular do mundo. Tudo lindo e maravilhoso, o dono da BYD resolver fazer carros e, com o domínio do coração dos modelos elétricos, as tais baterias de íon-lítio, lançou-se no mercado com a proposta de fazer o melhor automóvel elétrico do mundo, o e6. Para as coisas ficarem perfeitas, Warren Buffet, o megainvestidor americano, 3º ser humano mais rico do planeta, virou sócio dele.
Na época, o negócio de Buffet foi visto como visionário, mas agora, após perdas e atrasos nos projetos, uma sombra de dúvida paira sobre a montadora chinesa. Será mesmo que a BYD é tudo isso? Por que ninguém questiona a semelhança de seus carros normais com produtos japoneses?
Foi isso que fez a Reuters. São tantos aspectos levantados que ficaríamos horas aqui escrevendo mas alguns exemplos assustam:
– segundo um ex-parceiro da BYD, seus carros são tão mal construídos que “se bater a porta muito forte ela é capaz de cair”.
– A rede de concessionárias da marca na China utiliza uma prática inusitada para vender seu carros. Troca os logotipos pelos da Toyota para enganar seus clientes.
– O BYD F3, que até um cego sabe que se trata da geração anterior do Corolla, usaria peças copiadas do Toyota e até do Fit, segundo um funcionário da Honda que inspecionou o veículo.
– Quase 50% do custo de produção de um BYD seria coberto por incentivos do governo chinês – dizem que a margem em alguns carros é de apenas US$ 146, algo em torno de R$ 250.
A imagem de empresa pioneira e visionária pode estar a caminho da destruição com os seguintes atrasos do e6, que deveria ter sido lançado no mercado americano há tempos. Segundo a reportagem, a nova previsão é para o início de 2012.
A mesma parcialidade que os tribunais chineses adotam ao julgar a suposta apropriação de propriedade intelectual de outras empresas certamente não ocorrerá na Justiça de países desenvolvidos.
Para completar, a empresa viu suas ações caírem nos últimos meses e Buffet chegou a comentar que teria sido seu pior negócio nos últimos tempos, embora o investidor minimize ao dizer que “cometerá outros erros no futuro”.
A questão que precisa ser respondida é: não deveríamos exigir mais dessas empresas cuja preocupação com aspectos como segurança e qualidade parecem relegadas a um segundo plano? Competição é importante, mas as regras têm que ser as mesmas para todos. O brasileiro tem que ser exigente com os chineses da mesma maneira que deveria ser com as marcas tradicionais, que demoram anos para renovar sua linha.
Muitos leitores defendem aqui os chineses com uma certa razão afinal eles são a esperança de incomodar as montadoras antigas, que hoje continuam a dominar o mercado. Mas transformá-los em heróis e fazer vista grossa para seus desfeitos só vai fazer o problema mudar de lado. Amanhã estaremos reclamando de Chery, BYD, JAC em vez de Volks, Fiat e Chevrolet.
Esse monstro investe a fortuna nele no assassinato de filhos de cristãos nos úteros de suas mães. Esse homem ficou bilhionário fazendo dinheiro com capitalistas cristãos e investe na diminuição da população cristã através de fomento de abertura de matadouros de bebê. Investiguem o nome dele e vocês terão nojo desse homem que se assemelha a um Hitler trajado de Papai Noel.
Via de regra, as "iniciativas" chinesas, que me desculpem as exceções, são incrivelmente incompetentes, meras cópias pioradas e descartáveis de produtos de outros países. Tem muita indústria na China, mas o que presta é fabricado de projetos de empresas de outros países, e mesmo nesses casos, as falhas são comuns. Marcas como IBM, Dell, Apple, Boeing, Toyota, e até Honda, entre tantas outras, tiveram problemas enormes com a manufatura na China. Isso sem falar da pirataria de estado.
É triste, mas é fato. Espero que recebamos cada vez mais produtos chineses, mas que sejam realmente competitivos – parece que algumas empresas querem mudar essa realidade, inclusive contratando designers europeus para carros, por exemplo – abram o olho.
Aproveitando o assunto da qualidade e confiabilidade, penso que deveria ser obrigatório para todos os modelos de entrada a avaliação do LANCap – desta maneira seria possível ter uma boa idéia do nível de segurança que cada montadora está colocando em seus veículos.
@Cristiano
Acho que você está errado – acusações graves assim não podem terminar em "pesquisem por aí". A Byd possui uma joint venture com a Daimler e ações do Buffet, não pode ser propriedade de alguém como você citou.
Voltando ao mundo real: a joint venture da Byd com a MB deverá dar origem a uma nova marca, unindo a tecnologia das duas empresas.
@Cristiano
Isso aí que vc tá usando… é ácido, ou cocaína?
@John
No segmento onde trabalho, o de bens de capital, sabe-se muito bem da capacidade dos chineses. Eles inundam o mundo com produtos de baixa tecnologia, cópias descaradas e de baixíssima qualidade. Mas todos sabem da capacidade dos chineses em desenvolver produtos de 1a linha e altíssima qualidade. Só, que nesses casos o custo é semelhante ao produtos de 1a linha de outros países. Parte do custo baixo é a ausência de exigencias trabalhistas e ambientais, mas uma grande parte é a qualidade sofrível. Na medida que o mundo consumir o produto chines de 1a linha sem preconceitos, teremos um grave problema que fará as importações de hoje parecerem brincadeira,
Não subestimem os chineses….
@Cristiano Que conversa brava é essa rapaz?Vamos falar dos carros chingling.Blog sobre aborto é em outro lugar.
@Cristiano
Esse blog é sobre automoveis e assuntos relacionados a esse meio, então é melhor tratar desse assunto de aborto em um local mais apropriado
Como qualquer um, ainda tenho um pé atrás com os chineses. Mas acho que a reportagem cheira a um certo medo das montadoras ocidentais em perder a "boquinha" dos mercados emergentes – leia-se em especial, o Brasil. Será que eles estão preocupados em perder a fonte de dinheiro fácil que eles possuem aqui?
Não boto minha mão no fogo para contestar a veracidade da matéria, mas gostaria de ver uma reportagem da "Reuters" sobre nossas carroças fabricadas pela montadoras de "credibilidade" instaladas aqui.
Concordo com o John e digo mais. Deveriamos exigir de carros onde sabidamente não há nenhum tipo de preocupação com o consumidor, certificado de crash test, certificado ambiental, e o que mais os especialistas determinarem.
Quanto ao preço artificial de seus produtos, leia-se dumping, pergunto:
O que faz por exemplo um Azera V6, (sei que é coreano, mas me parece, como leigo, que a prática é a mesma), custar até 40% menos que outro carro da mesma categoria e que também vem da Ásia? O que faz o mesmo carro custar 10% menos que carros do mesmo porte fabricados no México e que contam com isenção de impostos?
Agora imaginem o que os "Chinas" vão fazer. Exemplos aos montes todos temos, não preciso elencá-los aqui.
Infelizmente vejo hoje em vários meios de comunicação respeitáveis, com várias decadas de publicação, elogios sem fim a esses carros coreanos que certamente em breve se estenderão aos chineses. Esquecemos que as montadoras que estão no Brasil, participaram da industrialização desse país, investiram aqui por décadas e mantiveram suas unidades, a despeito das inúmeras crises pelas quais passamos. São empresas centenárias, uma com mais de 200 anos de existência, não vieram apenas se aventurar, seguramente. Vejam o próprio exemplo da Toyota, que após 40 anos no Brasil, só então decidiu pela linha de montagem de automóveis, e hoje quem passar pela rodovia Castello Branco, km 90, poderá ver a nova unidade que estão contruindo. Esse é o espirito asiático: Decisão cautelosa e firme. Não me parece que os chineses estão seguindo esse caminho.
Concluindo, evidentemente não devemos adquirir nenhum produto somente pelo histórico de seu fabricante, todos temos a responsabilidade de procurar melhorar ( em todos os aspectos), os fabricantes, os comerciantes, os prestadores, os consumidores, etc., contudo, entendo que não podemos cometer o erro de esquecer nosso passado, fato que lamentavelmente é bem comum entre nós.