O Brasil ficou a cinco minutos de ganhar um programa de incentivo ao carro elétrico e híbrido. O ministro da Fazenda Guido Mantega desistiu de anunciar o plano a uma platéia composta pelos presidentes da Anfavea e Fenabrave, entre outros, em cima da hora por uma briga interna do governo Lula.
A decisão de criar benefícios para viabilizar a tecnologia no Brasil é defendida pelo Ministério da Ciência e Tecnologa que alega que “os carros elétricos são o futuro daqui há 10 anos por serem mais eficientes que os motores flex”. Mas, segundo jornal O Estado de São Paulo, Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, é contra, uma atitude curiosa, afinal ele veio da indústria automobilística.
Com o embate, Lula pediu tempo para analisar a proposta que previa redução de IPI e linhas de financiamento para o desenvolvimento tecnológico, sobretudo das baterias de lítio, hoje fabricadas principalmente pelos coreanos.
O presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, defensor da tecnologia, já disse várias vezes que os carros elétricos precisarão de subsídios no começo até que ganhem volume para reduzir os altos custos de investimentos. Desse jeito, o Brasil continuará com sua tradição de vender carros absurdamente mais caros que em outros mercados, seja a combustão ou a eletricidade.