A Bosch, líder global no fornecimento de tecnologias e serviços, encerrou o ano fiscal de 2022 com um faturamento total de 10,3 bilhões de reais na América Latina, incluindo exportações e vendas de empresas parceiras. Isso representa um crescimento de 11,5% em comparação com o ano anterior. Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch América Latina, destaca que esse crescimento robusto demonstra que a empresa está no caminho certo com sua estratégia de longo prazo e investimentos em soluções de produtos e serviços de alto valor agregado nos mercados onde atua, incluindo um forte potencial de exportação. Os setores de Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo, Energia e Tecnologia Predial tiveram um papel fundamental para alcançar esse resultado positivo na região.
No Brasil especificamente, as operações do Grupo Bosch foram responsáveis por 74% do volume de vendas na região. Com mais de 10 mil colaboradores no país, a empresa obteve um faturamento de 7,8 bilhões de reais em 2022, sendo que 23% desse valor foi gerado a partir das exportações para os mercados da América Latina, América do Norte e Europa.
Olhando para o ano de 2023, a Bosch mantém uma visão positiva, porém cautelosa. Diaz Perez ressalta a importância de garantir a solidez financeira da empresa, buscando equilíbrio entre rentabilidade e investimentos, especialmente em momentos de maior volatilidade. Nesse cenário, espera-se um crescimento moderado das vendas para este ano.
A Bosch tem sido uma impulsionadora da mobilidade do futuro, desenvolvendo tecnologias de ponta seguras, eficientes e sustentáveis nas áreas de eletrificação, híbridos flexíveis, conectividade, automação e redução de emissões. A empresa está totalmente comprometida com a descarbonização.
Nesse sentido, o Brasil está à frente de muitos países, pois possui uma matriz energética verde e renovável, destacando-se mundialmente, e o etanol desempenha um papel importante nisso. Graças à tecnologia Flex Fuel desenvolvida pela Bosch na década de 90, que completa 20 anos em 2023 desde o lançamento do primeiro carro com esse sistema no mercado, é possível utilizar um biocombustível que atende às exigências de redução de emissões de CO2.
A Bosch ressalta que o etanol apresenta um balanço extremamente positivo de emissões, quando comparado a outros combustíveis, no conceito de medição do poço-à-roda (well-to-wheel). Por isso, a visão da Bosch é que o motor a combustão continuará presente nos próximos anos e o Brasil poderá se tornar o primeiro país a atingir as metas de descarbonização no mundo, priorizando o abastecimento com etanol. Isso abre possibilidades para que a região se fortaleça como um centro de competência global em sistemas e componentes, permitindo a conquista de negócios adicionais de exportação.
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Apesar do aumento da popularidade dos carros elétricos em diversos países, a Bosch na América Latina continua ativamente aprimorando soluções para veículos movidos a etanol. Uma das novidades é o CO2 Tracking, uma tecnologia de conectividade que monitora em tempo real as emissões do veículo e a escolha do cliente em utilizar o etanol. O objetivo é estimar a quantidade de CO2 que deixou de ser emitida ao optar pelo etanol em comparação a outros combustíveis. Essa solução digital visa conscientizar e possibilitar que os consumidores compreendam o impacto positivo de escolher o etanol para reduzir a pegada de carbono no uso de transporte individual ou em frotas.
No que diz respeito à segurança, mobilidade conectada e semiautônoma, a Bosch e a Mercedes-Benz investiram no Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (CTVI), localizado no interior de São Paulo. Com uma área de 400 mil metros quadrados, o CTVI possui pistas projetadas para avaliar a segurança dos veículos, eficiência energética, novas tecnologias de assistência ao motorista, além de realizar testes com veículos autônomos, híbridos e elétricos. Essa infraestrutura de padrão internacional estará disponível para locação por fabricantes de veículos e componentes automotivos.
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