Pronto, o presidente da Anfavea “explicou” de maneira definitiva porque o carro brasileiro custa o dobro que no México. Simples assim: o Honda City é banana no Brasil e abacaxi no México. Ah, agora entendi, sr. Belini, o consumidor brasileiro é o banana que paga muito mais por um produto feito em seu quintal, mas basta exportar que o preço cai.
“Faz sentido”: veja só, quando o City vai para o México o “salário do funcionário é mais baixo”, o aço “custa menos”, os “fornecedores ficam mais generosos”. Só assim para “explicar” a diferença. Ah, não, havia esquecido, Belini garante que o problema é o câmbio.
Claro, como não pensamos nisso antes. Como nossa moeda está valorizada, fica barato importar produtos de países em que a moeda tem valor menor que o nosso. O México dos abacaxis, por exemplo.
O glorioso Ford Fusion, produzido lá, tem preço sugerido no México de R$ 51,5 mil na versão SEL 2.5, mas no Brasil ele custa na tabela R$ 83.600, “apenas” 62,3% a mais – preços finais, com custo de produção mexicano (mais barato, segundo a própria Anfavea), impostos embutidos e margem de lucro da montadora e das concessionárias.
Sendo assim, o Honda City produzido no Brasil (e símbolo do abuso ultimamente), cuja moeda vale 7,5 vezes mais que a mexicana, custa R$ 28.800 no México e R$ 57.420, ambos na versão LX. São 99,4% pagos a mais pelo cliente brasileiro por um produto brasileiro!
Olha só que coisa brilhante e mágica: um produto brasileiro (City) consegue ser mais barato no México que um produto mexicano (Fusion). Mas como diz a Anfavea, é culpa do câmbio: não importa a direção que o produto tome, o Brasil sempre leva pior…
À parte a ironia acima, se a Anfavea tivesse razão, o City – e nenhum veículo brasileiro – poderia ser exportado já que nossa indústria não seria competitiva com uma moeda tão valorizada. Mas esse pretexto não cola afinal importamos veículos com preço competitivo da Coreia (Won a R$ 0,0014), da China(Yuan a R$ 0,24), da Alemanha (Euro a R$ 2,23) e dos EUA (Dólar a R$ 1,56). Claro que os coreanos e chineses têm vantagem, mas como BMW, GM, por exemplo, conseguem trazer modelos maiores e mais sofisticados com valores próximos ao que cobra a Toyota pelo Corolla Altis, um dos nacionais mais caros do mercado?
A lógica dele é a seguinte: Paga-se mais pelo valor agregado (fator BraZil)… =D o que é produzido no Brasil é melhor! E o que vem de fora temos de taxá-los, pq são piores… Simples assim.
Uma verdadeira vergonha.
Até concordo com você em relação ao cambio, mas seu raciocinio tem um problema, o que vale não é o valor nominal da moeda… este pouco importa, o que vale e o valor relativo, por exemplo, suponho agora que o real se desvaloriza 100% em relação as outras moedas do mundo, então o yuan agora vale 0,48 reais, mas está muito mais cara importar da china. O que ocorre é que a moeda brasileira foi a moeda que mais se valorizou em termos reais (relativos) do mundo nos ultimos anos.
Espero ter ajudado
Abraços
Olá, Paulo,
concordo plenamente com você, o valor da moeda não é a referência mais precisa. Pois veja só, vamos comparar o poder de compra do mexicano e do brasileiro:
o consumidor mexicano que decidisse comprar um Civic lá e usasse seu ganho médio para quitá-lo, hipoteticamente dizendo, levaria 21 meses para isso – renda per capita mensal de 1.160 dólares e preço do Civic de 24.300 dólares. O brasileiro que fizesse o mesmo aqui levaria mais de 53 meses, afinal ganhamos 900 dólares por mês em média e temos de pagar o mais caro Honda do mundo: 47.200 dólares!!!
Como se vê, os argumentos da Anfavea não colam seja comparando com México, Argentina, EUA, China, Alemanha etc. É como se o mundo inteiro estivesse errado e o Brasil certo. Para governo e montadoras, pagamos o preço justo pelos veículos, não importa se nacionais ou importados. Os americanos pagarem 20.000 dólares, um chinês pagar 26.000 dólares ou um argentino pagar 27.000 dólares por um Civic está errado, não importa que o primeiro seja a maior economia do mundo, que tenha mão de obra cara, que o segundo seja o maior exportador do mundo e tenha renda per capita de 65% da brasileira ou que o terceiro importe o Civic do Brasil e cobre menos.
Abs,
Ricardo Meier
Como eles não tem coragem para dizer a verdade, que exploram o consumidor brasileiro, tentam dar explicações sem sentido para colocar por terra a tese do Joel Leite. Fato é que eles passarão ainda muito tempo dando desculpas ou tentando bolá-las.
Sr. Paulo, o Real não é a moeda que mais se valorizou, não sei de onde tirou isso, além do mais, este fator pouco importa para a política de preços praticada aqui. Não caia na conversa das montadoras. Daqui á pouco vão dizer que os preços são altos porque a Mangueira é verde-rosa. A verdade é que não há outra explicação para os preços altos que não seja uma margem de lucro acima da média mundial já descontados os ridículos impostos que pagamos. Esse mesmo fenômeno ocorreu no Reino Unido entre 1999 e 2003, depois de forte pressão da imprensa local, em especial do programa Top Gear, muitos começaram a atravessar o Canal da Mancha para encomendar seus carros na França ou na Bélgica. Preços por lá eram 5% menores que na ilha britânica. Depois de algum tempo as próprias montadoras pararam de aceitar pedidos de carros com "mão invertida". Isso evidenciou uma política de "cobrar um extra por carros no Reino Unido", que resultou em uma investigação pública onde dedos foram apontados e rapidamente os preços praticados se aproximaram ao restante dos países ocidentais. Ontem mesmo em um vergonhoso artigo publicado pelo Correio Braziliense entitulado (Levo Dos)a culpa dos preços foi colocada no "Custo Brasil". É de rir.
Congratulo o site BLOGAUTO que mesmo permiado por falhas, é de longe o melhor do Brasil quando o assunto é automóvel. Parabéns por levantar essa bandeira.
No próximo bloco, ele vai explicar como faz para lustrar a cara.
imagino que o que o cara-de-pau do Belini quis dizer foi o seguinte: o City é banana no Brasil pois aqui ele ele é visto como um carrão (por ser Honda, ser um sedan, ser lançamento e pq o povo é burro mesmo) então paga-se mais no Brasil pois o consumidor está disposto a isso. No México, por outro lado, como estão mais acostumados a pagar preços honestos pelos carros e a ver nas ruas carros de verdade (inclusive sendo fabricados por lá), o City deve ser visto como ele realmente é: um sedanzinho compacto sem graça, com motor 1.5 e que só terá algum sucesso se for vendido por um preço honesto. Logo, os mexicanos estão dispostos a pagar por um City LX metade do que o brasileiro. Simples assim. O Sr. Belini, pensando bem, foi bastante educado em não dizer que o seu cliente típico é ignorante.
Veja você como são esses caras das montadoras. Basta a imprensa questioná-los sobre essa disparidade que eles logom partem para o deboche, para não comparar "banana com abacaxi" como disse esse daí. Até lembra alguns políticos quando são pegos de calça curta. Aí querem justificar o injustificável, fazem gracinha com o repórter, intimidam.
Pessoal, não vamos deixar essa peteca cair. Vamos botar a boca no Twitter, Facebook, Orkut, e-mail, família, amigos. Tentar pelo menos fazer com que a nossa rede de relacionamentos fique sabendo dessa esbórnia. Acho que todos nós estamos de saco cheio de pagar caro nessas merdas, ser tratados com indiferença nas concessionárias, nossos carros serem avaliados a preço de nada. Não subestimem a força da rede!
@Vilchez, levanto a bandeira: Brasileiro, adie a compra ou a troca do seu carro por 1 ou 2 anos !
Ele tenta defender o indefensável.
A solução é o boicote. Um modelo de cada vez. O Honda city seria um bom primeiro candidato.
Tá na hora das montadoras abrirem as planilhas de custos… Alguém precisa forçar isso.
Eu acho o inverso: banana são os mexicanos e abacaxi são os nossos carros…
O Civic e o Corolla vendidos lá vêem de Canadá e EUA, respectivamente, porque desde a versão mais básica trazem 6 airbags e freios a disco nas 4 rodas com ABS, EBD e o escambau…
O Toyota Yaris lá vem do Japão e custa em torno de R$22 mil.
O Gol e o Voyage são dos mais vendidos por lá, mas só chegam lá com motor 1.6 e trazem direção hidráulica de série. O modelo mais completo sai, lá, por no máximo uns R$30 mil.
E, de fato, eles ganham bem menos que nós… O salário mínimo lá, é de 1000 pesos mexicanos, ou seja, R$750,00. Sem contar que tudo lá é mais barato, de alimentos a vestuário.
Ou seja, mais xurumelas para tentar tapear o povo brasileiro com muito abacaxi…
Em tempo: esse Cledorvino Belini não é / foi o presidente da FIAT no Brasil? Tá explicado…
QUE BOM QUE JUNTAMOS BANANA COM ABACAXI, MELHOR DO QUE VENDER "MERDA" A PREÇO DE OURO COM NOME DE "TECNOLOGIA." GOSTOU, SR. BELINI???? VÁ COMPRAR UMA "BELINA" PRA TI, VAI!
1-Babael, concordo totalmente que o Blogauto seja o o melhor veículo de comunicação da internet, parabéns ao Blogauto e sua equipe pelas matérias jornalísticas, críticas substanciosas e fundamentadas.
2-O Belini que não somente é presidente da Anfavea, também é presidente da Fiat do Brasil e assim como outros presidentes de montadoras também "arrepiaram-se" só de pensar numa revolução que o consumidor pode provocar com todos esses esclarecimentos.
3-Um fato que já mencionei e repito por ser um exemplo é a Vw que costumeiramente cobra muito alto por seus carros e recentemente fez seu teste "PEGA TROUXA" nos Eua, vendendo o Passat em seu lançamento por valor maior do que os americanos do norte poderiam aceitar e estavam dispostos a pagar, mas o resultado foi a recusa do consumidor pelo alto valor que a Vw havia lançado e como resultado dessa ganância da Vw, ela se viu obrigada a baixar o preço do Passat em U$5,000 (dólares) em uma única pancada e não é promoção não é pura baixa na tabela de preços.
4-É assim, as montadoras pescam compradores a preços altos, mas lá ninguém acredita numa minhoca dando sopa no anzol, mas no brasil, junta 50 lambaris na mesma isca e o resultado é não somente preços altos, mas também ÁGIO.
5-Lembro-me no começo da fabricação do Civic no brasil, quando fui analisar a compra de um e as concessionárias estavam cobrando ágio pela alta procura. A vendedora me pediu a cima da tabela, argumentei que era ágio, ela contra argumentou que a tabela era sugerida (livre) e que não era ágio, retruquei afirmando que quando o preço cai abaixo da tabela é promoção e tecnicamente deságio, porém o inverso do deságio é ágio que nada mais é do que sobrepor ao preço válido conforme custos e lucros balizados pela montadora.
O que a vendedora fez foi pescar, mas nessa o anzol enroscou, mas com certeza lá na frente ela pescou um lambari.
6-Muito dos preços dos autos no brasil, são provocados pelos consórcios e pelo financiamento a meses de se perderem de vista. O exemplo disso é uma Captiva que estava R$2,000 a menos a um mês atrás e por causa de uma oferta da montadora de parcelamento a juros "subsidiados pelo banco da montadora" o valor subiu de R$2,000 a R$3,000 (somente por causa do financiamento), o que demonstra que se meu amigo "pobre" compra financiado por não ter condições de pagar à vista, meu amigo "rico" paga mais caro mesmo comprando à vista, pois no final das contas ele acaba subsidiando os juros que o amigo "pobre" "lucrou".
7-O brasileiro precisava ter nas escolas aulas com noções de custo do dinheiro, noção de juros, economia familiar, orientação escolar sobre fazer negócio, isso é questão governamental que ajuda a educar o jovenzinho brasileiro para não ser o "trouxa de amanhã" e não contribuir com o aumento da inflação e abusos do mercado.
—
São matérias excelentes como essas a nós ofertada que ajuda a esclarecer uns aos outros e a debatermos idéias e soluções.
Novamente parabéns Blogauto.
Sempre vejo o pessoal usar o Honda City como exemplo de carro caro. Ele é caro mas qual carro vendido no Brasil não é?
Basta verificar o valor que qualquer montadora vende aqui no Brasil e comparar com outros mercados para ficar indignado. Acho que na verdade ele está sendo usado de bode espiatório e quem não tem este, mete o cacete no carro, dizendo que quem o compra não entende de carro e etc. PESSOAL olhe bem o preço que vcs pagaram por teu carro e pensem se valeu a pena?? Não é só Honda City não, pergunte a alguém que comprou o queridinho da imprensa e comentadores de blog FORD FOCUS 1.6 . O carro pode vim com 1000 coisas de fábrica, mas o motor é uma m.. É MANCO MESMO.. Sigma bloco de alumínio e potência em baixa rotações nada. Falo estas coisas porque leio bastante revistas e blog sobre carros, e vejo sempre os mesmos comentários. Vejam vcs todos nós consumidores somos prejudicados pela alta margem de lucro destas montadoras aqui instaladas.
Nota: O City é encontrado aqui em BSB a 50 mil, mesmo preço do Focus, CrossFox, Linea, Ecosport, Cerato, Golf, New Fiesta e outros.
@Comanche, todos nós temos discutido no Blogauto ultimamente sobre o alto valor dos carros no Brasil e agora você tocou num ponto muito importante, se os carros já custam um absurdo, imagine financiar esse absurdo em R$ 60 meses ou mais (o Bradesco financiava até 80), pagar TAC, ágio e tantas outras coisas…
Um Corolla Altis (antigo SE-G) que custa escandalosos R$ 90 mil sairia por uns R$ 140 mil, por baixo. E o mesmo raciocínio se aplica a motos, imóveis…
O problema é que o carro tem um grande apelo emocional na sociedade mundial, ao mesmo tempo que é símbolo de liberdade, é símbolo de status, é "motivo" para flertes e sexo… e seu principal papel que é o transporte, fica relegado a um segundo plano. Fato é que em outros países, pagam-se menos por essa simbologia, aqui como o consumidor (independente de classe social e nível cultural) em geral é mais ignorante, está disposto a pagar o que for para ter as "vantagens" da liberdade, status, sexo fácil…
É o mesmo raciocínio daquele adolescente ou adulto rescente que mora num barraco, mas quer usar um tênis de R$ 600,00 ou um celular de R$ 1.500,00 para chamar atenção daquela menina/mulher ou para atrair a inveja dos amigos e vizinhos. Ou seja, o pessoal se enforca, mas não perde a pose, e como diz um apresentador de tv daqui de Salvador: "tem muita gente andando de carro 0 km por aí, mas com a cueca furada e correndo de um e de outro para não pagar as dívidas".
Só relativizo a ação do cidadão assalariado que compra sua tv, seu fogão, sua geladeira, seu sofá, sua cama em 15 prestações ou mais porque não pode pagar à vista e são itens, digamos, que essenciais na vida, lógico que após alimentação, saúde e vestuário.
Caro Bellini, algo me diz que o sr. deve ter tentado algum cargo eletivo antes de ser presidente da Fiat, pois a semelhança de seu discurso com o de alguns políticos é de espantar !
Também parabenizo a blogauto, talvez o único espaço ainda isento dentre todos os veículos de informação.
E já descobri porque o meu comentário foi barrado noutro blog: até o Calmon escreve lá, precisa dizer mais ?
Os fabricantes já mexem seus pauzinhos e usam o sindicato do metalúrgicos, que por sua vez usam os trabalhadores como massa de manobra para defenderem a tese das empresas de manterem seus seus privilégios e seu mercado cativo e muito bem remunerado.
http://carsale.uol.com.br/Novosite/revista/chines…
Parabéns ao Blogauto. Manter esse assunto em pauta é de suma importância. Se a imprensa escarafunchar mais vai sair muita coisa esclarecedora para desvendar esse roubo sobre os consumidores brasileiros. Pode ter certeza que a nossa indignação é tão grande que ela norteará a preferência pela agência de notícias que mais se empenhar nesse tema e execrará as que ficarem em cima do muro. E aos jornalistas que acham que somos bobos e não percebemos o quanto estamos sendo roubados que continuarem tentando nos convencer do contrário, o nosso total desprezo e indiferença.
Pessoal, não adianta ficar falando, tem que fazer e denunciar, ainda bem que chegou essa denuncia na procuradoria geral da republica do df, outra coisa, não adianta nego falar e comprar carro zero das 4 fdp… Ou compra carro usado ou compra importado, a respeito dos espertinhos que falarem sobre o desemprego das pessoas que trabalham nas montadoras é o seguinte, melhor que fiquem 3 mil desempregados do que detonar, explorar 180 milhões de "macaquitos"… Abraço a todos, e que cada um faça sua parte…
@Ricardo Júnior,
Ainda não tinha lido a matéria do carsale e você está com toda a razão sobre utilizar os sindicatos como instrumento de manobra das massas trabalhadoras dos metalúrgicos para forçar políticos a deixar o país numa situação mais gritante e insustentável como estamos vivendo este presente momento.
O brasil, figura-se no globo planetário como um dos maiores protecionistas de mercado dentre os 198 ou próximo disso países existentes.
Os sindicatos deveriam lutar por menores lucros das montadoras, exigência do governo em produtos menos poluentes e mais seguros e econômicos, pois isso obrigaria as montadoras a retirar de linha produtos que não atendessem legislação rigorosa, como ocorreu o fato recente na Europa em que segundo notícias a Ford retirou de linha o Focus RS 2.5 por não atender o controle rigoroso europeu de emissão de poluentes por esse motor.
Se os sindicatos exigissem esse rigor na lei, na mesma proporção em que buscam o rigor restritivo nas importações de autos, o resultado seria produtos mais modernos e maiores vendas tanto no mercado interno (enfrentando os concorrentes estrangeiros com produtos adequados), quanto nas vendas para o mercado externo com grande aumento das exportações pela qualidade, modernidade e tecnologia dos novos produtos. Com certeza as montadoras iriam lucrar menos, pois não explorariam financeiramente tanto uma plataforma ultrapassada, mas os empregos além de garantidos pelo aumento das vendas, também com certeza haveriam contratações pelo aumento das exportações dos novos produtos.
O fato a seguir publicado pelo carsale vai de encontro ao que vc. afirma.
…"Nesta sexta-feira (8), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, região berço da indústria automotiva brasileira, entrou no debate e promoveu um grande protesto em São Bernardo do Campo, que reuniu mais de 50 mil pessoas. De acordo com os sindicalistas, a chegada em massa de novos importadores e fábricas asiáticas, com emprego de sistema CKD (montagem de veículos com peças importadas), poderá diminuir os postos de trabalho no País."…
Já foi matéria de reportagem na Record…
http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/ed…
Para ter tamanha repercussão entre as montadoras, sindicatos e entidades ligadas ao setor referente as matérias como a do Blogauto, do J. Leite e algumas outras, além dos comentários nossos, é de se esperar sentir nossas orelhas fervendo dos comentários perniciosos que devem estar sendo feito a todos nós.
Se estivéssemos no tempo das inquisições, estaríamos fritos neste momento.
Para analisar a tamanha repercussão que tais matérias e protestos dos consumidores nos blogs provocaram para montadoras e sindicatos, basta ver os 50mil trabalhadores nas ruas do ABC paulista e a quantidade de presidentes do setor automotivo falando ao mesmo tempo sobre o mesmo fato.
Eu protesto pelo meu direito em comprar carros no exterior com menor burocracia e com I.I. 0% igual recebe beneficentemente o México. Quero ir ao Paraguai e a Argentina, entrar numa concessionária comprar um carro, usar a nova placa de veículos comum a ser adotada pelo Mercosul e sair pelas estradas rumo a minha casa no brasil, sem ser barrado por alfândegas fiscais das receitas e órgãos ambientais, mesmo que tenha eu que me responsabilizar pelo gerenciamento eletrônico do combustível inapropriado pelo carro comprado fora do brasil, além de outras adequações como suspensão de TITÂNIO para não ficar ancorado no primeiro buraco cheio de água.
@Vilchez,
Acabo de ver matéria na Globonews sobre os 50mil metalúrgicos no ABC paulista.
A situação está provocando revolta dos consumidores e protesto dos sindicatos, e nessa luta de "cabos de guerra", acredito que nós seremos os vencidos, afinal o governo é representante dos sindicatos, ao contrário do governo que baixou a alíquota de I.I. aos menores índices já vistos ter falecido nesta semana, com os 20% cobrados e valendo a pena mencionar que naquela época o dólar estava cotado a R$0,84 (set/out 1994) e mesmo assim as montadoras tiveram um momento de transformação por melhores produtos, maiores vendas…exatamente o contrário do final dos tempos que pregam as montadoras agora com o dólar a R$1,56 e com o I.I. a 35%.
Se esse protecionismo fosse extinto, os lucros das montadoras iriam diminuir, seus produtos precisariam ser melhorados e os investimentos seriam obrigatórios para lutar com a concorrência (fator que as montadoras não querem).
É tudo conversa para enganar o consumidor brasileiro.
Temos é que ter vontade política e por que não dizer iniciativa popular de exigir dos políticos preços mais justo.
Os comerciantes, que na verdade são as vendedoras de carros, pedem o que querem, nós é que, através de nossos políticos, devemos regular o mercado através de iniciativas de abrir o mercado e incentivar a livre concorrência, única forma de baixar preços e não permitir esse cartel gigantesco que foi instaurado no País.
Somos politizados. Dizer que o brasileiro não sabe o que quer e não sabe votar é errado. Não temos é em quem depositar nossa confiança no momento da eleição, pois todo processo eleitoral é um teatro erigido para enganar a população e legitimar as oligarquias. Vocês não acreditam? Vejam quem são sempre os mesmos a ocuparem os cargos públicos: Sarney, Collor, FHC, Palloci, Temer e outros.
Eles representam partidos e esses representam empresas e conglomerados. São estes últimos que investem nas campanhas, com suas doações, e consequentemente mandam em nosso país.
Nós somos ovelhas governadas por lobos, ou melhor, ratos…
Belini: “Comparar preço no Brasil e no México é juntar “banana com abacaxi”. E tem razão: ele é um banana e os importados são um abacaxi p/ roubofávea resolver com os ratos no governo. O fato é que nossa indústria sucateada é consequencia de um governo e legislativo corruptos e vendidos, e de diretorias preguiçosas e incompetentes nas montadoras, que preferem sempre o lucro fácil das carroças. Está acabando, e vai ser um salve-se quem puder. Até que enfim – uma pena para a indústria que sofre com esses palhaços, mas o cidadão brasileiro cansou dessa palhaçada toda. Que venha os chineses, e quem tentar impedir, se locupletando com esses cafajestes, vai sofrer nas urnas – seja DILMA, seja quem for. Vamos nos fazer ouvir!
Eu daria uma sugestao a senhora presidente, autorize os brasileiros a comprar carros da argentina e do mexico direto, assim a gente conseguiria comprar os carros mais baratos, mesmo que tivessem sido feitos no Brasil. A logica do presidente da anfavea é que nos somos trouxas e pagamos. Acho que esse assunto tem que continuar em pauta para o brasileiro começar a tomar consciencia de como é roubado, quem sabe a gente nao consegue ir mais linge nessa briga.
Eu daria uma sugestao a senhora presidente, autorize os brasileiros a comprar carros da argentina e do mexico direto, assim a gente conseguiria comprar os carros mais baratos, mesmo que tivessem sido feitos no Brasil. A logica do presidente da anfavea é que nos somos trouxas e pagamos. Acho que esse assunto tem que continuar em pauta para o brasileiro começar a tomar consciencia de como é roubado, quem sabe a gente nao consegue ir mais longe nessa briga.
Nós temos que fazer um campanha nacional de boicote as montadoras de automóveis. O carro vendido no brasil é o mais lucrativo do mundo para as montadoras e o que oferece o menor valor agregado. É um absurdo existir caros vendidos sem ar, vidro, abs e dir. hidraulica. O governo e o povo tem que dar um basta nisso.
O que acontece no Brasil é um enorme Cartel que combina seus preços num nível fora da realidade mundial
O cara acha que a gente é trouxa. Eu tb acho.
Bom, para começar, todos sabemos que os preços aqui no Brasil são abusivos, e compra carro caro quem está disposto a pagar. Enfim, podemos notar que Nissan, Renault, Citroen, Peugeot, Hyundai, e Kia estão a cada mês quebrando novos recordes, por um simples motivo, tem um custo x benefício muito melhor do que os produtos das 4 grandes.Chegue com R$ 40 mil reais na Citroen, na Renault, ou na Peugeot, e você levará um veículo com motores entre 1.4 e 1.6, com acabamento na média do mercado, com Air-Bag e ABS. Agora vá na VW, e pronto, você acabou de comprar um Gol 1.0 com meia dúzia de cromados by VW, seu carro tem tudo, menos air-bag e abs, e você ainda pagou pelo acendedor de cigarros, e pela luz no teto.
Pega R$ 60 mil, e vai na Renault, na Peugeot, na Nissan, na Citroen, na Hyundai, ou na Kia… É Fluence, 408, I30, Cerato, Sentra, C4 Pallas, todos completos (alguns deles pagando 35% de imposto de importação), e mesmo assim mais baratos, mais bem construídos, e mais completos do que os produtos das 4 grandes.
O maior pecado dessas marcas é não investirem em populares de verdade, completos e com preços mais justos, porque aí acabariam com o reinado das 4 grandes.
Boa sorte para a Nissan com o March que promete ser o primeiro grande passo contra os preços abusivos praticados no Brasil.
Agora, em relação ao momento atual do nosso mercado, a melhorpedida do momento é: Comprem usados, com dois ou três anos de uso, com custo menor, e desvalorização amortizada. Paga-se menos para ter o mesmo carro vendido, e acaba-se com a festa dessas montadoras…
Parabéns ao blogauto pela postura combativa que esperamos seja expandida para a velha mídia… De acordo com a istoédinheiro dessa semana, Em 2010, "a Kia investiu R$ 90 milhões em propaganda. Neste ano, a previsão é desembolsar mais R$ 150 milhões. De acordo com levantamento feito pela agência de informações AutoData, a coreana gastou em publicidade o equivalente a R$ 6,8 mil do valor de cada carro vendido.Ela só ficou atrás da compatriota Hyundai, que faz parte do mesmo conglomerado da Kia, e que desembolsou cerca de R$ 12,5 mil por carro comercializado", ou seja, ao comprar um i30, pagamos 12500 só em propaganda… a farra está tão grande e o descalabro se tornou tão generalizado, que eles não se importam em gastar até 25% do valor do veículo,para levar o incauto a acreditar que está comprando algo que na verdade vale a metade do preço ou menos. fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/60989_O+…
Essa pressão em cima das montadoras não pode parar! O brasileiro tem a obrigação de deixar de ser passivo e se mobilizar contra os preços abusivos praticados na nossa indústria automotiva. Com informação, esclarecimento, cria-se uma massa crítica.
Sr Belini, o senhor é um cara-de-pau e seu silêncio seria mais digno.
Parabéns ao blogauto!
Aos que comentaram aqui, meus cumprimentos pelo debate lúcido, inteligente e agregador.
A argumentação do Belili é completamente sem noção para qualquer outro lugar do mundo, mas para o Brasil é válida. Nós consumidores brasileiros, somos pré-históricos mesmos! Contudo precisamos evoluir e deixar de comprar esses carros com preços absurdos e sem conforto, quando em outros países só vendem os modelos completos e bem mais barato. Para isso, precisamos fazer uma campanha nas redes sociais não comprem carros novos por 6 meses. Assim, penso que vão surgir diversas promoções das lojas e do governo para voltarmos a consumir carros. Ainda, sim não devemos nos contentar com apenas 2 ou 4 mil, mas com uma redução efetiva. Pode ser que uma campanha dessa tenha um resultado útil, em face da lei da oferta e da procura!
O engraçadp q todos só criticam o preço dos carros no Brasil.
Tentem comparar outros produtos como celulares, computadores, etc. O Brasil é o paraiso dos empresarios. É cultura nacional q o lucro tem q ser de no minimo 30%.
Será que tem que cursar universidade p/ inventar uma explicação tão absurda! Faz um favor p/ justiça, continua falando estas asneiras, assim o povo vai descobrindo quem é a ANFAVEA e quais interesses ela representa.
"Obrigação de divulgar a margem de lucro, já"
NÃO COMPREM CARROS ZERO. BOICOTE DE 1 DIA.
Querem ver uma pequena diferença entre dois mundos completamente diferentes e dois extremos de preços entre altos e baixos valores em diversos tipos de produtos?
Cliquem no link abaixo e vá até o final da página e vão clicando em cada tipo de produto.
A diferença é brutal. Menciono que não estou discutindo exploração de trabalhadores na China, apenas simplesmente querendo demonstrar o que poderia ser o Brasil com seus 200milhões de habitantes se investissem na industrialização, educação, tecnologia.
Querem ver uma pequena diferença entre dois mundos completamente diferentes e dois extremos de preços entre altos e baixos valores em diversos tipos de produtos?
Cliquem no link abaixo e vá até o final da página e vão clicando em cada tipo de produto.
A diferença é brutal. Menciono que não estou discutindo exploração de trabalhadores na China, apenas simplesmente querendo demonstrar o que poderia ser o Brasil com seus 200milhões de habitantes se investissem na industrialização, educação, tecnologia.
http://economia.ig.com.br/expedicoes/china/na+mae…
sinceramente acho que o problema é consumidor!
Adorei! disse tudo! Muito bom!
Dodo, o correto é dizer margem. Empresário aqui não admite menos que 30% de margem. Mas é isso aí; aqui tudo é supervalorizado e invariavelmente tudo é porcaria. Tudo o que a classe média consome é porcaria.
Diego, concordo; se brasileiro gostasse do dinheiro que ganha tanto quanto gosta de futebol, não seria assim. Teria presidente de empresa e ministro caindo como caem técnico de futebol diante das pressões da torcida. Ia ter pichação na frente da casa de diretor dizendo "explorador", "mercenário" "quero carro popular a lucrativos R$ 20 mil" ou "fora Casas Bahia; venha Ikea".
Esse Sr é sincero em suas opiniões,parece até um sindicalista pelegão defendendo os interesses do patrão,no caso o governo.Coreanos e chinlings nele!
Após 40 anos obtendo lucros estratosféricos e sempre sem a contestação de todas as mídias que recebem patrocínios das 4 grandes o jornalismo brasileiro resolve ilustrar a roubalheira autorizada e legal, será que a invasão chinesa está influenciando estas revelações ou GM ,Fiat,VW e Ford não precisam mais enviar os bilhões de dólares para suas matrizes?
Brasil: Um País de Trouxas.
A unica forma seria um mega baixo assinado, milhões de assinaturas demostrando insatisfação; só escrever aqui é como palavras ao vendo ou gotas no oceano.
Não tem forma fácil pra se resolver isso, as únicas formas; é protestando nas ruas nas redes sociais e enviando projetos pra deputados decentes, não há milagre nem receita mágica, há ação.
Pras montadoras de fora somos como bonecos controlados ou gado no pasto que aceita comer capim de segunda e pior capim caro, enquanto estivermos preocupados só com os acontecimentos diários das novelas, de quanto seu time ganhou ou perdeu, é assim que sera o Brasil, acorda porra………… pra realidade.