A Peugeot tem novo diretor geral no Brasil – cargo equivalente a presidente em outras montadoras. É o chileno Miguel Figari, que assumiu o lugar de Frederic Drouin no dia 1º de junho, mas apenas agora anunciado pela empresa francesa.
O executivo é o quarto a passar pelo cargo no País em pouco mais de quatro anos. A mudança constante na montadora chama a atenção sobretudo por coincidir com a constante queda nas vendas. Com 22,6 mil emplacamentos no 1º semestre, a Peugeot ocupa uma modesta 12ª colocação no ranking, atrás da Mitsubishi.
O rodízio na presidência da Peugeot começou em 2007 quando Laurent Tasté substituiu Bruno Grundeler, que estava no posto desde 2001. Na época, a Peugeot era a 7ª marca mais vendida do mercado, só perdendo para Honda e Renault. Ele ficou à frente da montadora até abril de 2010, ao dar lugar para Guillaume Couzy, que teve a carreira mais curta no Brasil: em janeiro de 2012 ele já voltava para a Europa, mas não sem ver a Peugeot em um momento ruim. De 9ª colocada em 2010, a marca caiu para 10º lugar e perdeu 5 mil vendas num ano em que o mercado crescia a passos largos.
Frederic Dourin, que estava no cargo até maio, também não tem o que comemorar. Em sua passagem, a Peugeot foi ultrapassada pela irmão Citroën e terminou 2012 com apenas 71 mil carros vendidos. No ano passado, o buraco ficou ainda maior, com somente 57 mil carros emplacados e a 12ª colocação, mesmo com vários lançamentos no mercado, incluindo o novíssimo 208.
O cenário para Miguel Figari, no entanto, pode ser mais promissor. A Peugeot prepara a chegada do SUV compacto 2008 que deve alavancar as vendas e, sobretudo, a margem de lucro da marca. A mudança do quadro societário também pode dar um gás extra para a marca retomar os velhos tempos. Na Europa, ao menos essa situação começou a mudar, finalmente, com recuperação nas vendas.