Se antes ele era visto como aquele carro que quase conquistava, agora as chances de você levá-lo para sua garagem aumentaram bastante. O “quase” era por causa dos motores: o 1.4 cansado e beberrão e o 1.8 de desempenho não mais do que razoável, mas ainda mais sedento. A partir da linha 2011, o hatch da Fiat passa a adotar os propulsores 1.6 16V (115/117 cv) e 1.8 16V (130/132 cv), batizados de E.torQ.
E se o rendimento do bloco menor já é satisfatório, entregando boa força já a partir dos 2.000 giros e tornando o Punto um carro rápido também em altas rotações, o motor de maior cilindrada aproxima o carro de uma tocada esportiva. Anda ao lado do 1.4 T-Jet? Não, mas deixa para trás alguns hatches médios – o Stilo, inclusive. Os novos propulsores aposentam o 1.8 8V (115 cv) fornecido pela GM, mas não eliminam do mapa o 1.4 (86 cv), que ainda continuará em linha na versão Attractive, respondendo por 40% das vendas.
Mas talvez não por muito tempo, já que por R$ 39 290 não traz ar-condicionado, desembaçador com ar quente e regulagem de altura e profundidade – e convenhamos, nessa faixa de preço esses equipamentos são indispensáveis. Aí você equipa seu Punto Attractive 1.4 com tais opcionais e ele começa a esbarrar no Essence, 1.6 16V, que oferece tais features de série – e o melhor, com um desempenho decente, sem a impressão de estar rebocando outro Punto quando se liga o ar-condicionado.
Qual escolheria? O Punto 1.6 16V: entrega desempenho e equipamentos respeitáveis por um preço bom, embora ficasse tentado a comprar o Sporting manual.
O Fiat Punto agora não é mais uma compra apenas emocional, mas também racional. A lista de equipamentos de série é interessante, há diversos e exclusivos opcionais e os novos motores se encaixaram precisamente à proposta do carro. Com esse pacote, o Punto ofusca as inúmeras qualidades do seu principal rival, pressionando a VW a trazer logo a nova geração do Polo.