Avaliar um carro de luxo no Brasil, infelizmente, é uma experiência forte, mas não apenas pela emoção dos modelos em si, sempre cheios de recursos e desempenho que fazem brilhar os olhos de qualquer um. Mas também pelo risco que passamos em rodar desprotegidos pelas ruas pouco seguras do país. Com um mercado em que os carros ‘premium’ representam apenas um grão de areia num meio de um deserto cheio de veículos populares, um modelo de luxo chama a atenção por onde passa.
Por isso, andar no Porsche Macan S em Miami foi um alívio. BlogAuto pôde conhecer a versão ‘mansa’ do Porsche pelas ruas da cidade americana e, de quebra, ter a sensação de estar a bordo de um carro comum. Acreditem, o modelo lá é apenas mais um (carrão) em meio a vários carros bem equipados e potentes.
Oportunidade ótima para se concentrar apenas no modelo e não em que circulava a nossa volta. E que bom é testar um Macan S dessa forma. O Porsche, que é mais esportivo que utilitário, cai com uma luva até mesmo numa família com filhos pequenos. O espaço é um tanto limitado, mas dentro do que se espera. O interior espanta pela quantidades de botões e equipamentos, mas nada que algumas horas na direção não resolvam.
A versão Macan S, com seu motor de V6 de 3.0 litros, tem 345 cv de potência e mais de 46 kgfm de torque já a 1.450 rpm, mas a tocada é tranquila se você dirige de forma suave. Nem parece que estamos num carro capaz de ir de 0 a 100 km/h em apenas 5,4 segundos.
O segredo está no meio do console: os botões ‘Sport’ e ‘Sport Plus’. Depois de apertar um deles, o Macan S vira um bicho. Além de mudar o comportamento do carro, ele também altera o ajuste da suspensão e aí o SUV responde prontamente a qualquer provocação. Um funcionário da Porsche até brincou: “não sei para quê um Macan Turbo!” – sim, existe uma versão com 400 cv do modelo.
Parte do grupo Volkswagen, a Porsche também adotou o visual low-profile e de fortes raízes. Isso quer dizer que o Macan parece muito com o Cayenne, até mais do que você gostaria. Mas ele é menor, mais baixo, com praticamente a altura de um EcoSport, mas uma largura que beira os 2 metros. Com um V6 e rodas aro 18 a 21 extremamente largas, o Macan perde um pouco de espaço interno embora mantenha um porta-malas generoso, com 500 litros.
O cockpit merece ser chamado de ‘cockpit’: é um mar de botões e instrumentos. A partida, claro, é do lado esquerdo, uma satisfação para qualquer mortal. Outro charme é o relógio analógico no topo do painel. Mas é no console central que você se perde. Nele é possível ajustar o ar-condicionado, os auxílios de direção, o Park Assist e a suspensão, além dos já citados botões Sport e Sport Plus.
O acabamento é um primor, claro. A versão avaliada tinha couro na tonalidade vermelha e com detalhes em preto, incluindo o forro onde estava o teto solar. E o Macan ainda traz um eficiente sistema de entretenimento e som CDR Plus com 235 watts de potência e 11 alto-falantes.
Pacote ideal
O Macan possui uma seleção técnica para apaixonar qualquer fã de carros. A tração é integral e a transmissão, de dupla embreagem PDK, com 7 velocidades. E o cliente pode ainda optar por alguns itens exclusivos como freios de cerâmica e som da marca Bose, entre outros. Há ainda faróis bi-xenon, sistema de vetoração de torque, suspensão a ar, assentos esportivos e a lista não acaba nunca.
Veja também: 10 carros mais caros em 2014 nos leilões
Nos Estados Unidos, onde custa 52,6 mil dólares (algo como R$ 150 mil), o Macan pode servir como um carro versátil para um executivo bem sucedido e sem por isso chamar tanto a atenção. Aqui, por R$ 430 mil, levá-lo para casa significa pensar em blindagem, seguro e outros custos extras que tiram parte do prazer. Que saudade da discrição de Miami…
Confira a página oficial do BlogAuto no Facebook e no Google+.
Não consigo entender como nos EUA consegue – se comprar um carro desse por um preço de UU$ 52,6 mil dólares e aqui no Brasil por 430 mil reais. Será que não existe uma exploração mercado lógica nesse negócio? Nós EUA se vende bem pelo preço, porque existem carros infinitamente melhor que os da porche e que custam o mesmo preço ou pouco mais que UU$ 52,6 mil dólares, já aqui no Brasil, por mais que tenha a taxa de importação, que é um absurdo, mas o preço é tão exorbitante que pouquíssimas pessoas podem comprar um carro desses. Será que não é a hora dos empresários e administradores da marca repensarem no negócio é colocarem um preço mais atrativo e justo para que possa aumentar o volume de vendas e a porche ter uma fatia de mercado bem maior do que imaginava ter? Pra vender tão pouco e lucrar quase nada, comparado com outros países, e melhor recolher seus carros e procurar um mercado que ofereça mais lucro. Não quero dizer que a porche tenha que ter carros a preço popular, mas vemos outras marcas como BMW, Mercedes e outras, com preços altamente convidativos e com vendas satisfatória. Sabemos que os carros da porche não valem o preço que é ofertado no Brasil, sem depreciação, claro, mas é além do absurdo!! Pensem na idéia! !