O quinto membro da sua família Mini, que já atingiu mais de dois milhões de unidades produzidas, desde que foi adquirida pela BMW, o Mini Cooper Coupé “S” é literalmente como uma criança pequena, com muita energia, que exige toda a atenção e quer brincar o tempo todo.
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O Mini Cooper Coupé foi o primeiro modelo da marca com apenas dois lugares, depois veio o Roadster que é o irmão sem teto. Com esta alteração ganhou-se um porta-malas maior com 280 litros.
É difícil dizer se o estilo do Mini Cooper Coupé 2012 é um marco de design moderno ou uma adaptação do hatch para poder parecer como um pequeno cupê esportivo. Eu, pessoalmente, gostei desde que vi o primeiro carro-conceito, mas o modelo está longe de ser uma unanimidade, é do estilo ame ou odeie.
O Mini Cooper Coupé é apenas cinco milímetros mais longo que o hatch e possui um parabrisa com inclinação de 13 graus a mais, o que melhorou a aerodinâmica. Na parte de trás, a nova traseira foi projetada para dar ao carro uma forma de três volumes e integrar um spoiler traseiro retrátil.
No interior, a arquitetura é familiar para quem conhece o Mini, mas se você olhar para cima, você verá duas conchas para caber melhor os ocupantes, mesma solução que Dan Gurney usou em seu Ford GT40. Elas não vão ajudá-lo a vencer Le Mans, mas quero dizer o Coupé dispõe de espaço de cabeça, tanto como o mais alto hatch, que é um truque.
Mecanicamente, no entanto, muito pouco é diferente. Os motores são exatamente iguais aos dos modelos hatchback. A versão que testamos Cooper “S” recebeu amortecedores mais rígidos e barras estabilizadoras mais grossas.
Vamos ao que interessa para um veículo esportivo, o Mini Cooper Coupé “S” é equipado com um motor 1.6 com turbo que desenvolve 184 cavalos de potência a 5.500 rpm, o torque é plano desde os 1.600 rpm até 5.000 com excelentes 24,5 kgfm, aumentando ainda com o overboost, em situações mais esportivas para 26,5 kgm. O que realmente impressiona é que esse poder é entregue de forma uniforme e suave em toda a faixa de potência, sem buracos ou demoras na resposta do acelerador.
A aceleração é feita de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, enquanto a velocidade máxima é atingida é de 224 km/h na sexta marcha do câmbio automático. Testamos o Mini Cooper Coupé “S” por uma semana, e vimos que modelo sofre com as rodas de aro 17, principalmente nos trechos urbanos mais esburacados, ficando muito arisco e nervoso, nada perigoso, mas com certeza, não é nada agradável, mas basta pegar uma avenida com asfalto novo que ele mostra todo seu habitat.
Participei do lançamento do modelo em Munique, na Alemanha e lá pude comprovar nas perfeitas e desejadas autobahns sem limites de velocidade que o modelo é uma dos melhores carros com tração dianteira do mercado.
A forma como o Mini Cooper Coupé lida com uma estrada sinuosa mostra, novamente, como a BMW aprendeu muito rapidamente a fazer veículos de tração dianteira. A direção é rápida, os pneus 205/45R17 grudam mais que chiclete, os limites de estabilidade são extremamente altos, e o comportamento neutro sem escapadas. A estabilidade é auxiliada pelo charmoso aerofólio traseiro que aparece a 80 km/h grudando ainda mais a traseira, mas que dificulta a já pequena visão pelo retrovisor central.
Acredito que para melhorar falta apenas uma transmissão com dupla embreagem que melhorará ainda mais os números e o prazer de dirigir.
O Mini Cooper Coupé “S” não é nada barato, o preço pela exclusividade do modelo é de R$ 139.950 mais R$ 1.000 pela pintura metálica.
Mini Cooper Coupé “S”
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