Ainda não foi desta vez que o EcoSport ganhou um autêntico rival, mas o Citroën Aircross talvez seja o modelo que mais se aproxima do Ford. É verdade que o Soul, da Kia, nasceu com uma ideia parecida, mas a marca coreana não tem força para enfrentar a montadora americana, por enquanto.
Já a Citroën promete incomodá-la com vendas na casa das 2 mil unidades mensais, ou cerca de 60% do EcoSport. Pelo menos no preço, a marca francesa mirou direitinho no Eco: a versão mais barata, GL, custa R$ 53.900, praticamente o mesmo que o EcoSport XL, a GLX, intermediária, sai por R$ 56.400, menos que o XLS, e a top, Exclusive, custa R$ 61.900.
A Citroën, com razão, aposta na GLX como principal modelo a ser vendido. Ela traz alguns itens importantes como ar, direção, farois de neblina, pneus de uso misto, rodas de liga, mas dispensa airbags, bluetooth e ABS com EBD, apenas disponíveis na Exclusive.
E não se enganem quando verem o tal sistema My Way, nada mais que um GPS embutido, ou os airbags de tórax e sensores diversos. Tudo opcional da versão top.
Mas, apesar de não passar de uma minivan emperequetada, o Aircross até que consegue dar a impressão de crossover, sobretudo pelo formato retangular da carroceria.
Para a Citroën, acossada pelas crescentes vendas dos coreanos, a chegada do Aircross é fundamental para manter uma participação mais significativa no mercado. Dentro de seis meses, teremos a versão automática com o criticado câmbio usado no C3 e, entre a virada de 2011 para 2012, o C3 Picasso, versão “civil” do Aircross. Por fim, o C3 hatch se renova logo a seguir.