O presidente Lula sancionou nesta quinta-feira, 19, a lei que obriga os veículos vendidos no Brasil a terem de série os airbags frontais. O projeto havia sido aprovado há um ano no Senado e em fevereiro na Câmara dos Deputados. Apesar disso, a indústria automobilística terá ao menos cinco anos para se adaptar a essa nova realidade.
O maior apelo além da redução das mortes e ferimentos graves será a economia para os cofres públicos. Segundo estudo do Cesvi citado pelo jornal Valor, o governo economizará cerca de R$ 90 milhões com atendimento de emergência de acidentes.
A questão agora é saber se a medida aumentará o preço dos carros populares. Hoje, um kit de airbag custa em torno de R$ 2 000, mas acredita-se que com o uso em massa o preço caia e torne possível a fabricação no Brasil – hoje, importado, o airbag poderá ser produzido pela TRW, que já tem planos para isso.
Apesar da lei valer a partir de já, há um cronograma bem longo para implantação da medida. Agora o governo vai montar um comissão para definir os padrões de uso do airbag e as datas de implantação. Depois disso, as fabricantes terão um ano para se adaptar e mais cinco para implementar a mudança em toda a linha. Ou seja, com a burocracia estatal e com o baixo interesse do brasileiro por esse equipamento, só veremos airbags em todos os carros daqui uns 7 a 8 anos…