Como observaram muitos leitores, a estratégia agressiva da Nissan, com comerciais polêmicos e até exagerados está se provando correta na prática. A marca japonesa nunca teve uma participação no mercado tão grande quanto agora. Segundo a marca, foram 1,63% do bolo contra 0,98% em fevereiro do ano passado.
À parte o fato de a campanha poder até prejudicar a imagem da marca, a Nissan “não existia” perante o consumidor brasileiro. Apenas fãs acabavam a levando em consideração e muita gente provavelmente nem sabe que a minivan Livina e a picape Frontier são produtos brasileiros. Ou seja, certamente valeu muito a pena o desgaste com as rivais, com o Conar e sabe-se lá mais quem.
Claro que não foi só fazer barulho para vender. A montadora também corrigiu um grande problema, os embarques irregulares de carros vindos do México, de onde chegam o Sentra, Tiida e Tiida Sedan. Antes esse processo levava tempo e muitas vezes deixava encalhados carros de linha passada nas concessionárias ou, então, não tinham produtos para entregar.
Lembro, inclusive, de um período recente em que a Nissan mudou o Sentra três vezes num prazo inferior a um ano. Agora, a coisa está mais constante: o Sentra e o Tiida, por exemplo, venderam 829 e 841 unidades em fevereiro, volumes que faz tempo que não conseguiam.
O resultado é que a Nissan começou 2011 como 12ª marca mais vendida do Brasil, superando a Mitsubishi. Situação que promete melhorar ainda mais quando o hatch compacto March chegar ao país este ano.