Por falar em recall, o presidente mundial da Renault, o brasileiro (só de nascença) Carlos Ghosn concedeu nesta quarta-feira, em São Paulo, uma coletiva para a imprensa. Ghosn veio ao país prestar contas do plano Renault Contrato 2009 em que ele se comprometeu, entre outras coisas, a fazer a marca crescer no Brasil.
Os 43% a mais de vendas entre 2007 e 2006 foram comemorados, além do equilíbrio financeiro, conquistado antes do previsto. Mas o que ele não admitiu é que 2007 será o melhor ano da história da indústria, o que fará com que quase todas as marcas obtenham resultados melhores. Claro, a Renault tem méritos sim – o Logan está vendendo bem e a família Mégane também –, mas muito disso é provocado pela demanda aquecida da qual praticamente todos os novos modelos têm se aproveitado.
Perguntado sobre os dois recalls do Logan, cuja brevidade citamos aqui no blog, Ghosn culpou desta vez o fornecedor. De acordo com ele, da primeira vez, o erro foi de projeto mesmo. Não satisfeito em produzir aqui o veículo mais barato da Renault, o brasileiro revelou que nosso país pode, sim, ser um mercado para o projeto de 2 500 doláres que a empresa pretende criar para rivalizar com o que a indiana Tata promete lançar em 2008.