A Hyundai colocou em dezembro do ano passado seu SUV Santa Fe para atravessar a Antártida, desde Union Camp até McMurdo, ida e volta. O modelo foi o primeiro carro de passeio a conseguir cruzar o continente; considerado o mais frio e seco do planeta. O automóvel foi conduzido por Patrick Bergel; bisneto do lendário explorador polar e herói britânico, Sir Ernest Shackleton; que iniciou a aventura há 100 anos.
“Tínhamos conhecimento da história de Sir Ernest Shackleton e, como empresa, nos identificamos com sua coragem e espírito de pioneirismo. Nosso filme celebra esse espírito e, por meio de Patrick, seu bisneto, realiza o sonho de atravessar a Antártida – só que cem anos depois. Esperamos que ele mostre a Hyundai como uma marca que é mais do que apenas um meio de transporte”; disse o chefe de marketing externo da Hyundai Motor Company, Scott Noh.
O Hyundai Santa Fe utilizado na expedição passou por algumas modificações para possibilitar o uso de pneus gigantes de baixa pressão; para que ele pudesse atravessar quase 5,8 mil quilômetros de gelo em condições extremas, com temperaturas menores que 28 ºC negativos.
De acordo com Patrick Bergel, “a jornada foi incrível e o carro, um prazer ao dirigir. Algumas vezes, a sensação era menos de estar dirigindo e mais de navegar pela neve. Esta foi uma expedição única, com um desafio que ninguém havia tentado antes. Teve tudo a ver com resistência, não velocidade, nossa média foi de apenas 27 km/h. E o sucesso foi a forma como nós e o carro encaremos a tarefa”.
Para acomodar os pneus, a carroceria do utilitário-esportivo foi elevada com novos subchassis e suspensões. O veículo recebeu ainda engrenagens dentro dos cubos de roda para lidar com as diferentes forças e a necessidade de girar mais lentamente para rodar à mesma velocidade.
O carro recebeu ainda tanque de combustível maior; conversão para rodar com combustível Jet-A1 (o único disponível no continente) e a instalação de um pré-aquecedor para o frio.
“Quem tem bastante experiência na Antártida sabe o que ela faz com as máquinas. Basicamente, tudo e qualquer coisa se desmancha. Mesmo máquinas grandes racham e se despedaçam. Esta foi a primeira vez que uma travessia total foi tentada e concluída nos dois sentidos, ida e volta. Muita gente pelo mundo pensou que nunca conseguiríamos e quando voltamos eles não acreditavam no que realmente havíamos feito”, finaliza.