Raridade. Desde 1998, o Brasil não importa mais carros que exporta, por mais simples que nossos modelos sejam. Este ano deve quebrar essa tradição. Segundo a Anfavea, até agora foram exportados 371 mil veículos (entre automóveis, utilitários, caminhões e ônibus) enquanto as importações já chegaram a 386 mil unidades.
E nem dá para botar a culpa apenas no câmbio, que hoje tornou nossa moeda valorizada lá fora e nosso custo, mais alto. O problema é que os mercados para onde exportávamos estão minguando. O presidente da General Motors, Jaime Ardila, nos disse ontem que espera terminar 2009 com apenas 40 mil unidades exportadas contra cerca de 100 mil em 2008.
Ao mesmo tempo, modelos importados têm feito sucesso aqui. Além da legião mexicana, também os coreanos vendem muito mais que antes – só o Tucson, o importado mais vendido do país, já vendeu mais de 23 mil unidades este ano. Sorte que ele será nacional em 2010…
O aumento das importações é bom para a concorrência. A linha 95 dos carros nacionais provavelmetne foi a com o maior número de novidades simultâneas, versões completas e alinhamento com os carros europeus justamente pela alta concorrência dos importados nessa época de paridade cambial.
É ruim para a indústria nacional (de qualquer segmento) se a situaçào perdurar por muito tempo, mas com câmbio flutuante não há muito o que fazer além de oferecer produtos melhores, por preços melhores….
Leandro falou tudo!Quanto mais importados no mercado melhor para o consumidor,principalmente dos carros mais caros,ex.a Hilux Sw4 ganhou 2 bancos extras,coisa comum entre seus concorrentes importados como Santa fé 7 lugares,Pajero full e outros.Na época da artificial paridade cambial,os nacionais realmente melhoraram muito,para fazer frente ao Fiat Tipo,que vendia como pão quente nessa época chegando a figurar entre os 5 carros mais vendidos do BrasilBons tempos para os consumidores,quando um passat alemão 1.8 20 v,motor de audi, custava menos do dobro de um santana.
Que a indústria nacional tome várias pedradas no meio do caminho, por vender carroças caríssimas no Brasil até hoje. Aliás, a indústria brasileira só tem de ficar com medo porque sabe da péssima qualidade do que vende. Que continuar nesse conto das trevas nacional automotivo para sempre.
Esse Sr. Ardilla ainda tem a cara de pau de aparecer em público pra alar isso. E por que será? Será que é porque o carro brasileiro é tao bom que ninguém quer comprar? Acorda!
Carros defasados, em segurança, tecnologia, design, mecânica, motores…
Seria de se esperar o que?
É evidente que o mercado externo, quando busca mercadoria fora de seu país, procura comprar produtos com desenvolvimento mais atualizados.
Enquanto esta situação não mudar no Brasil, a ladainha será a mesma.
A econômia sofrerá perdas.
Não esqueçam da Argentina, que é uma das maiores exportadoras para o Brasil. Muitas montadoras estão indo para a Argentina, com seus produtos mais atuais, porque será?
Enquanto aqui temos kombi e outras velharia, produtos atualizados são trazidos da Argentina e México. Poderia ser diferente?