Sergio Marchionne, presidente da Fiat e da Chrysler, perguntado sobre onde poderia ser fabricado o Cinquecento nas Américas, respondeu: “temos condições de produzi-lo no México, Argentina e Brasil”. Foi a senha para que muita gente sonhasse com o compacto premium virando nacional, inclusive a imprensa.
Até o jornal Folha de São Paulo embarcou na teoria sem ao menos analisar que ela carece de lógica, infelizmente. Marchionne, certamente, queria deixar um ar de suspense na já decidida produção do 500 na fábrica da Chrysler em Toluca, no México.
Seria um contrassenso produzi-lo na América do Sul: o principal mercado será os Estados Unidos e ninguém melhor que o México para exportar para lá, não só pela curta distância – imagine o frete para enviá-lo do Brasil ou da Argentina – , mas também pelo acordo do Nafta de isenção de tarifas e, por fim, para substituir o PT Cruiser, cuja aposentadora já foi anunciada para o final de 2010.
O 500 é um carro pequeno, com dimensões internas semelhantes ao do antigo Ka, mas está longe de ser um popular. Pelo contrário. Construí-lo aqui poderia baratear seu custo em quanto? Digamos, exagerados 30%: cairia de R$ 62 mil para R$ 43 mil. Em vez de vender 300 carros, que passasse a emplacar mil unidades. Valeria a pena trazê-lo para cá?
A Fiat sabe que o carro vende pelo apelo diferenciado. Encher as ruas de 500 acabaria com essa imagem de exclusividade.
Me desculpa aí equipe do blog, mas o presidente da Chrysler não é o Sergio Marchionne conforme dito por vocês no texto da notícia e sim Joe Veltri.
Abraços.
olhem a parte boa da coisa: vindo do México, é até capaz que o preço seja inferior do que se o carro fosse fabricado no Brasil (ou como é que o PT Cruiser e o Fusion brigam de igual para igual com seus concorrentes?).
é só torcer para que a versão não venha depenada de itens de segurança, como a VW criminosamente fez com o Jetta 2010, tirando quatro airbags. seria bom que as sete bolsas de ar e o ESP do Cinquecento fossem mantidas…
Pelo menos um blog percebeu o que eu percebi.
Na realidade independente de ser fabricado no México, Brasil ou Argentina o modelo passará a ter um preço mais atraente no mercado nacional, pois se fabricado aqui (o que é pouco provavel), na Argentina (o q também é pouco provavel) ou no México (o que certamente irá acontecer) o carrinho não terá mais os 30% de taxa de importação.
A opção mais atraente para a Fiat neste momento é produzi-lo em Toluca, no México, pois pode tanto importa-lo para os EUA sem taxa de importação como para o Brasil também sem a devida taxa.
Quanto a deixar de ser um carro exclusivo, vamos ser bem direto, a VW vende New Beetle aqui a anos, o modelo custava o olho da cara em 2003 e hj custa bem menos… na realidade custa o preço de um médio como o VW Golf ou Fiat Linea, ele deixou de ter exclusividade? O PT Cruiser que tem valor semelhante ao do New Beetle perdeu a exclusividade? Acho que neste ponto o carrinho da Fiat tbm não perderá…