É quase uma regra: um determinado carro, quando nasce, assume um ‘gênero’ e não o perde mais. Explico: o Golf, por exemplo, é hatchback por mais que existam peruas e conversíveis por aí. Da mesma forma o Corolla é um sedã e nem uma versão SUV perfeita faria o público mudar essa impressão.
O caso do Focus é semelhante ao do rival Golf, ele ficou conhecido como hatch também. Por isso, apesar dos contínuos esforços da Ford em vingar uma versão sedã (e até perua lá fora), o modelo médio continua a ser visto como um bom hatch.
Cansada de dar murro em ponta da faca, a Ford resolveu acabar com o Focus sedã no Brasil, agora que a 3ª geração ganhou o mais recente facelift. Na verdade, foi ao ‘cartório’ e o rebatizou como Focus Fastback, para buscar no irmão famoso, o Mustang, alguma identidade esportiva.
Fastback ou sedã, o Focus ‘3 volumes’ nunca teve tanta cara de sedã. Está mais elegante com as mudanças visuais e menos ‘Fastback’ comparado ao anterior, que apelava mais para esportividade com suas rodas escuras e frente ‘Darth Vader’, isso na versão Titanium.
Mas para quê a Ford resolveu mudar o viés do carro? Aparentemente, para aproximá-lo do hatch, que é bem sucedido. Como sedã o Focus nunca vai ser lembrado como rival do Corolla e do Civic. Já como uma versão hatchback plus aí talvez a coisa seja diferente. Basta lembrar como o New Civic roubou clientes de hatches há quase 10 anos.
De fato, optar entre hatch ou ‘fastback’ só importa para quem busca mais porta-malas – 421 litros no sedã contra 316 no hatch. O comportamento é parecido, mas não há opção manual nem motor 1.6.
É boa notícia em relação ao motor 2.0 Direct Flex, com 178 cv de potência e um generoso torque de 22,5 kg, mas não em relação ao câmbio de dupla embreagem, que não honra a fama desse sistema. O tal Powershift está mais para ‘Pobreshift’: tem trocas imprecisas e parece não aproveitar todo o poder do motor.
Veja também: Os melhores SUVs do Brasil com preço até R$ 80 mil
Uma pena porque o Focus é um daqueles carros sempre empolgantes de dirigir: direção elétrica direta, suspensão independente bem ajustada, um cockpit voltado para o motorista e agora alguns sistemas bacanas como a frenagem automática de emergência e um ‘park-assist’ mais capaz. O problema é que para ter tudo que ele oferece você gasta quase R$ 100 mil, o que, na visão da Ford, é uma vantagem já que os rivais já passaram da casa dos cinco dígitos. Mas será que eu olharia para um Focus podendo levar para casa um A3 Sedan? Melhor é pensar nas versões de entrada, bem mais baratas e viáveis.
Veja os preços:
- Focus Fastback SE 2.0 Aut – R$ 77.900
- Focus Fastback SE Plus 2.0 Aut – R$ 79.900
- Focus Fastback Titanium 2.0 Aut – R$ 87.900
- Focus Fastback Titanium Plus 2.0 Aut – R$ 96.900
Confira a página oficial do BlogAuto no Facebook e no Google+.
Um carrão desses com um câmbio ruim que só… Ford, coloca um automático de 7 velocidades de verdade ou um CVT a lá Corolla e até eu troco meu carro por um Titanium 2.0.
É o que falta neste carro, assim como no Fiesta e também na Ecosport, um cambio que preste.
Porque este PowerShit tá ruim de mais mesmo.
Eu tava pensando em trocar meu cruze 13/13 pelo focua fastback, mas tenho lido TANTA reclamação do cãmbio que até desanimei…
Gastar 85 k pra correr risco de ficar na mão não dá, e a Ford não dá parecer sobre esse fato… todo blog, site os proprietarios falam do descaso da ford.
É erro de projeto e não querem assumir o prejuízo.