Seleção natural é algo absolutamente normal no mercado de automóveis. Algumas marcas tentam emplacar um modelo mas, às vezes, o cliente não se sensibiliza e, por melhor que possa ter sido a intenção, a saída pode ser refazer o projeto e voltar a testar sua aceitação ou, então, desistir. Foi o que a Citroën fez no segmento de hatches médios ao confirmar que o C4 hatch não será mais vendido e nem terá sucessor.
O que surpreende nesse caso é que um Citroën C4 hatch baseado no Lounge não seria algo impossível ou caro demais, mas a marca francesa achou por bem focar em outros segmentos. De fato, há que se notar que a PSA, da qual faz parte, continua nesse mercado com o Peugeot 308, mas a capitulação da Citroën revela que o mercado brasileiro deverá passar por uma depuração nos próximos anos.
Hoje há muita gente brigando e poucas ganhando. Não basta lançar modelos a torto e a direito sem ter um produto bom, acessível e uma rede preparada para não só vendê-lo como dar o suporte necessário para que o cliente sinta que valeu a pena comprá-lo. E isso é coisa um tanto rara hoje.
Sumidos do mercado
A lista de modelos com pinta de aposentadoria é grande. Um dos mais notórios é o Agile, da Chevrolet. O hatch compacto surgiu em 2009 e trouxe um pacote bacana para uma marca sem grandes novidades na época. Mas a chegada de um batalhão de hatches mais modernos como o Sonic e, sobretudo, o Onix, fez o carro argentino perder o sentido. Nas vendas, ele desapareceu este ano: vendia mais de 2 mil unidades por mês e em julho emplacou apenas 270 unidades.
Veja também: Uno 2015 terá Start-Stop e interior novo
Outro hatch também vive seus últimos momentos no Brasil, o 207, da Peugeot. Desatualizado e não tão barato, o modelo deve se despedir em breve já que hoje vende pouco mais de 200 carros por mês, números incompatíveis para um veículo que custa na faixa de R$ 30 mil. Ou seja, quem não tiver um produto de razoável para bom melhor economizar dinheiro e dor de cabeça que manchar sua imagem.
Confira a página oficial do BlogAuto no Facebook e no Google+.
Bom, até hoje eu não consegui entender a utilidade do AGILE.
Me desculpem os proprietários…
Não entendo a motorização e o preço.
Não discuto a beleza do carro (ou ausência), mas não tem sentido manter o AGILE e o ONIX.
A mesma pergunta não se aplica ao 207 tendo em vista a diferença de preços para o 307.
Sobre o C4…
acho que ainda teria mercado se o preço fosse um pouco mais convidativo e ele não fosse tão longo.