Acabamos de avaliar o novo Honda City na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. O sedã compacto premium está sendo apresentado para a imprensa esta semana e ficou nítida a instrução da marca a seus funcionários: desvincular a imagem do carro com o Civic e sobretudo com o Fit.
O representante da montadora repetiu inúmeras vezes durante o briefing que o City “não é um mini-Civic e nem um Fit sedã”. Mas ficou claro que o carro criará certa confusão nos consumidores afinal seu preço se intercala com o do Civic, mas o carro lembra muito o monovolume no comportamento.
Ao contrário do Civic, sua posição de dirigir é alta e o acabamento bem mais simplório do que faz pensar um carro que parte de R$ 56 210. A direção é ágil, mas o carro tende a inclinar muito em curvas, sem contar que a suspensão bate duro como o Fit.
Com a versão automática (os câmbios e o motor, como se sabe, são os mesmos do Fit), a rotação do motor atinge 3 200 rpm a 120 km/h – já o manual chega com motor mais cheio nessa velocidade: 4 000 rotações.
Ou seja, há um ruído indesejável do motor quando é necessário retomar a velocidade ou esticar as marchas. Se o câmbio e o motor merecem elogios pela performance, o mesmo não se pode dizer do estranho rádio. Com a frente basculante para acessar a entrada do CD, o equipamento não traz memória de estações.
Da parte traseira para trás, vale elogiar o banco com ajuste de inclinação e o imenso porta-malas, de 506 litros. Impressiona ao abrir a tampa, principalmente se comparado ao do Civic.
Ao vivo, o City parece menor do que nas fotos. A frente lembra o Civic, claro, mas o resto do carro passa a sensação de ser um compacto mesmo. Mesmo com as rodas aro 16, o sedã não passa um ar esportivo.
A conclusão a que cheguei nesse primeiro contato é que o City terá como público-alvo senhoras e ex-clientes do Civic da geração anterior. Em outras palavras, um carro mais convencional, tranquilo e fácil de dirigir.
Só fica a dúvida se a Honda conseguirá encontrar 3 500 clientes todos os meses, a meta da marca.
Deixem perguntas nos comentários já que ficaremos no evento até o final da tarde e podemos tentar responder algumas questões daqui.
Ao vivo, se tem a real proporção de suas formas.
É bem menor do que pensava, num porte semelhante ao do Voyage, por exemplo.
Por mais "conteúdo" que tenha, o Fit sedan, ops…, o City parece ser salgado no seu preço!
Até agora não entendi a que veio este City.
Lançar um sedan compacto premium partindo de R$ 56.000,00 é acreditar muito na falta de critério do consumidor brasileiro, apesar do respeito que a marca Honda conquistou no mercado nacional.
Hoje o Civic e Fit ocupam a 12º e 13º posições no ranking de licenciados em 2009, acima deles só estão os demais compactos básicos de outras marcas, portanto, não acredito que a Honda esteja mirando naqueles que estão acima, visto que os carros que estes são de classe de preço bem inferior ao do City.
Um consumidor disposto a gastar no mínimo R$ 56.000,00 em um veículo sedan, acredito que não o faria em troca de um modelo compacto como o City, mesmo sendo premium, pois quem tem esse dinheiro, ou mais, com certeza estará de olho nas opções de sedan médios e entre eles o próprio Civic LXS, que por um pouco a mais em dinheiro oferece muito mais em conforto, potência, segurança e pricipalmente aquilo que o brasileiro mais gosta, em "status".
Sei que não penso como a média nacional dos consumidores brasileiros, mas custo acreditar que este City venha a vender os 3500 veículos mensais pretendidos pela Honda. Quiçá venda 1000.
Certeira a informacao.
Infelizmente a "imprensa especializada" insistemente vincula esta situacao, que o o carro seria o Fit sedan ou um mini Civic, e sao situacoes completamente distintas, falo por experiencia propria. Hoje, tenho um Fit, ao definir a compra do veiculo, seria um Honda, na epoca da compra a intencao era o Civic, porem por questoes de custo, faixa de 50.000 R$ (Fit) e 60.000 R$ (Civic), a escolha foi mais em conta, Fit, entretanto, hoje com este automovel a R$ 55.000,00, com certeza absoluta a compra seria de um City. Existem pefis de compradores que optam por modelos, no meu caso optei pela marca.
Figueiredo disse: "Até agora não entendi a que veio este City.
Lançar um sedan compacto premium partindo de R$ 56.000,00 é acreditar muito na falta de critério do consumidor brasileiro"
Concordo plenamente. E o pior é que dará certo. Já está havendo cobrança de ágio nas concessionárias!
Eu não consigo entender como o consumidor brasileiro aceita pagar um valor equivalente ao de um sedã médio (e no mercado há várias boas opções) em um carro menor e com motorização inferior, ainda que venha bem equipado. Ainda que a marca goze de boa fama.
Não é por causa dos impostos que os carros no Brasil são tão caros. Tanto que esses preços estão vigentes em época de redução de IPI. É o comportamento do consumidor brasileiro que permite esse tipo de abuso.
Interessante é que, apesar do esforço da Honda, o sedãzinho é na verdade um mini-civic em um fit sedã! Engraçado é eles mostrarem o ovo laranja e chamarem de verde. "Carneiro, agora te batizo de peixe". E o consumidor brasileiro, que compra carro pelo formato da grade, vai adorar e comprar aos montes, alguns pagando à vista, quando poderiam comprar um produto muito superior, outros financiando a perder de vista e quando terminarem de pagar a Honda já terá lançado outras três versões do mesmo produto, à lá "new new civic".
Por esse preco, da pra levar um Polo Seda Comfortline beeem completo, com cambio automatizado. Eu acho que o acabamento e acessorios do Polo dao um baile nesse ai….
Todos nós concordamos que o preço do City passou da conta, mas alguém aí duvida que se a VW lançasse a nova geração do Polo em uma versão sedã (fosse ele importado da Europa, vindo do México ou produzido aqui mesmo) ele custaria menos de R$ 50.000,00 ?
Faço a mesma pergunta para sedãs derivados dos novos Fiesta, Corsa europeu (que não chegou aqui), 207 europeu(embora não exista a versão sedã deste)…
Será que esse City não vai concorrer e bater no Linea ?
Uma coisa é certa, isso só prova que daqui a 3 ou 4 anos estaremos pagando algo em torno de R$ 80 a R$ 100 mil nas novas gerações de Civic, Corolla, dentre outros e nas versões de entrada.
Todos nós concordamos que o preço do City passou da conta, mas alguém aí duvida que se a VW lançasse a nova geração do Polo em uma versão sedã (fosse ele importado da Europa, vindo do México ou produzido aqui mesmo) ele custaria menos de R$ 50.000,00 ?
Faço a mesma pergunta para sedãs derivados dos novos Fiesta, Corsa europeu (que não chegou aqui), 207 europeu(embora não exista a versão sedã deste)…
Será que esse City não vai concorrer e bater no Linea ? O Linea é derivado de um compacto "premium", seu entre-eixos de 2,60 cm não compensa a falta de espaço lateral (que provém do Punto), seus porta-malas são similares…
Uma coisa é certa, isso só prova que daqui a 3 ou 4 anos estaremos pagando algo em torno de R$ 80 a R$ 100 mil nas novas gerações de Civic, Corolla, dentre outros e nas versões de entrada.
Ridiculo! É por isso que somos um país do quarto mundo. Aqui a roubalheira corre solta com a anuência dos brasileiros. A Honda a hora que viu que os babacas ( desculpem, os brasileiros) compram apenas para se mostrarem, e que carro é objeto de ascensão social, resolveu tirar proveito da situação. De-lhes merda e cobre o olho da cara que os babacas gostam, e… pagam por isso. Esta clarissima a intenção da Honda. O City vai ocupar o espaço do Civic e o Civic um pouco mais equipado vai virar carro para competir na faixa do Fusion por 95.000. Em resumo, menos por mais. Mas, se os babacas gostam, poeque nao se aproveitar? É triste, muito triste pensar que nossos hermanos Argentinos, a quem tanto metemos o pau, compram o mesmos carros por um preço muito mais barato,( preço real, já descontado os impostos )que os nossos. O BrazzzzzIl, é o lugar onde o preço dos carros são os mais abusivos do mundo. Aqui as montadoras, fazem a festa, oferecem merda e cobram por caviar, os babacas compram, e a imprensa comprada fala maravilha sem ter a coragem de mencionar a nossa triste realidade.
Não deixa de ser um Honda. Isso será a maior propaganda desse carrinho. Mas esse preço está absurdo! É muito caro para um carro que é voltado para mercados emergentes.
Ricardo Júnior,
eu acredito que quando houver… quero dizer, SE houver uma nova postura do consumidor brasileiro na hora de comprar carro novo, esse negócio de carro mais caro do mundo não será um destino inevitável para todos nós brasileiros.
A postura à qual me refiro é a de supervalorizar as marcas já bem estabelecidas e consagradas (no país), muitas vezes até mesmo porque a família teve uma experiência positiva no passado. Isso é de um conservadorismo e ignorância sem tamanho e gera uma verdadeira barreira de entrada para novos concorrentes, desestimulando novos lançamentos e permitindo a tais marcas, refiro-me principalmente a VW e Honda, a manter preços exorbitantes. Muito superiores ao produto que estão oferecendo ao mercado.
Não adianta dizer que é tudo culpa dos impostos. As montadoras trabalham em nosso país com margens de lucro acima da média mundial. Isso é FATO!Veja o exemplo do Kia Soul que é muito bem equipado e vem importado da Coréia pagando 35% de imposto e ainda tem preços mais atraentes que o Honda Fit!!!
Mas por enquanto, infelizmente nós iremos fazer filas nas concessionárias Honda para comprar esse City a preço de carros maiores e melhores como Novo Focus e Nissa Sentra, por exemplo, permitindo esse tipo de abuso.
Sou fã da Honda, o City é muito bonito, com certeza venderia absurdos se custasse 45 mil reais, mas nesse preço não o vejo vendendo muito. Talvez quando eles lançarem a versão 1.4 a 50 mil venda um pouco, mas mesmo assim não será um sucesso como foi o New Civic.
O Ricardo Júnior falou tudo. A única lógica para este preço do City é um plano de "recolocação de mercado" da Honda, onde o Civic aumentaria gradativamente de preço. Assim, o "sapo" não pularia da panela quente.
absurdo um carro simples igual a este custar esse preço !!!
Como eu tenho muita grana, compro o carro que eu quiser!!!!!!!!