Avaliação: novo Fusca é divertido em todos os sentidos

Novo Fusca: esse, sim, é pura diversão

A Volkswagen dá muitos “tiros no pé”, mas quando acerta, aí é para aplaudirmos. O novo “tiro certeiro” dos alemães chama-se Fusca. Reconheço que quando soube que iriam batizar sua nova geração com o nome popular no Brasil, fiquei um tanto indignado, afinal o “velho” Fusca foi um carro único.

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Mas a homenagem é válida. O modelo premium consegue algo raro: honra seu antecessor com diversas referências bacanas e é também muito, muito divertido, seja de dirigir ou mesmo de ver parado na sua frente. A VW vai negar até a morte, mas acho que eles resolveram seguir a receita da BMW com o Mini Cooper. Seus concorrentes pegaram a alma do pequeno modelo urbano e criaram um dos carros mais legais de dirigir e ter. Claro que a ligação com o passado virou apenas uma pequena dose de estilo retrô, mas os aspectos pessoais foram preservados, o que realmente importa.

Com o novo Fusca, a VW foi mais feliz que no New Beetle. Seu antecessor, embora tivesse a aparência de um Fusca futurista, pouco trazia da experiência do clássico. O painel, por exemplo, era grande e com um para-brisa muito avançado. A construção de “fora para dentro” também o transformou num carro incômodo e pouco prático.

Agora, não. Este Volkswagen Fusca acolhe muito bem para um carro de 2 portas, tem bom porta-malas, para-brisa devidamente colocado no seu lugar e um painel prático e funcional. Tudo isso com uma lista de equipamentos bem completa que inclui ar condicionado dual zone, sistema multimídia com navegador e Bluetooth integrado, volante com comandos satélites e teto solar panorâmico. E ainda temos o conjunto de mostradores centrais com pressão de óleo, cronômetro e pressão do turbo, que não serve para quase nada, mas dão um tremendo charme.

Mecânica impecável

Já não bastasse esses predicados, o Fusca ainda vem com a dupla motor 2.0 TSi e câmbio DSG, de dupla embreagem (na versão mais cara, que custa R$ 80.990). O carro é um “demoniozinho” nas ruas e sem descuidar do conforto. Dá até para levar a família (pequena).

Aí chegamos naquele ponto de sempre, o preço. Sim, ele é caro, ainda mais na versão descrita e avaliada, que custa mais de R$ 90 mil. Mas seus rivais também o são. Com esses itens, não se acha A1, Mini Cooper ou DS3 mais barato (o Citroën nem tem nada parecido).

Aliás, peguemos o Audi como exemplo e aí fica claro que o Fusca entrega mais por menos. Além de ser mais barato, tem pacote mecânico melhor e é mais divertido que seu primo pequenino.

E mais: o novo Fusca faz uso de um acessório muito útil do Fusca original, o inesquecível “PQP”. Com 200 cv na ponta do acelerador, segurar na alça é, sem dúvida, uma atitude muito recomendada.

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Ficha técnica

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