Turbo essa palavra deverá ser obrigatória para todos os modelos esportivos em um futuro não muito distante, e a francesa Renault adotou o caracol para equipar pela primeira vez no Brasil um produto, e escolheu o seu sedã médio para ostentar o logotipo da “Renault Sports”, com o Renault Fluence GT.
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Criar uma versão esportiva no Brasil, nos últimos anos se resumia a faixas mais “aerodinâmicas”, cores berrantes, mas embaixo do capô a mesma motorização de sempre. A Renault foi no sentido oposto e criou um esportivo até que discreto nos padrões estéticos, mas com uma motorização empolgante e uma suspensão bem calibrada este é o Renault Fluence GT.
Depois que ficamos órfãos do Honda Civic Si, as opções de sedãs esportivos estavam raras, tínhamos o Volkswagen Jetta Highline TSi com o excelente motor de 200cv e o Peugeot 408 THP de 165 cv, mas que apesar da melhor performance, não tinham o apelo esportivo no visual e como mote de venda. E a Renault percebeu a lacuna do mercado para encaixar o produto que veio com a grife da divisão esportiva, a Renault Sport.
O Renault Fluence GT tem preço de R$ 79.370 e passa a ser o modelo mais caro da linha e será disponibilizado em um pacote fechado, só podendo ser escolhida a cor com as seguintes opções: Branco Glacier, Preto Nacré e Vermelho Fogo.
A versão vem bem recheada com seis airbags (frontais, laterais dianteiras e de cortina), controle eletrônico de estabilidade e tração, freios com sistema antibloqueante (ABS) e EBD, faróis xenon, rodas de 17 polegadas exclusivas, ar-condicionado automático de duas zonas com saídas de ar traseiras, revestimento interno em couro, chave-cartão para abertura das portas com sensores de reconhecimento e botão de partida, computador de bordo, direção com assistência elétrica, teto solar com comando elétrico, fechamento a distância de vidros e teto solar, faróis e limpador de para-brisa automáticos, retrovisor interno fotocrômico, volante com regulagem de altura e distância, alarme, sensores de estacionamento na traseira, controlador de velocidade de cruzeiro e um sistema de áudio com rádio/toca-CDs/MP3 e Bluetooth, comandos na coluna de direção e GPS integrado ao painel, que possui um dos piores sistemas para acionamento, por meio de um controle remoto, isso mesmo, que tem que ficar jogado no painel e tem a mesma praticidade de colocar a linha no buraco de uma agulha usando uma luva de boxe.
O Renault Fluence GT é o primeiro modelo equipado com turbo da marca francesa, oriundo do Mégane GT europeu, onde desenvolve 250 cv, aqui o propulsor de quatro cilindros em linha, foi amansado para a potência máxima de 180 cv a 5.500 rpm.
Graças ao turbo “twin-scroll”, compacto e de última geração, quase 80% da força já está disponível a partir de 1.500 rpm. E o torque máximo de 30,6 kgfm aparece logo aos 2.250 rpm. O sedã atinge 220 km/h de velocidade final, limitado eletronicamente e precisa de apenas 8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.
Diferente o motor do restante da linha Fluence que vem da Nissan, este motor, chamado de TCE 180 (Turbo Control Efficiency e a potência) tem origem totalmente Renault e passou por diversas alterações como pistões, bielas, virabrequim e bronzinas foram reforçados; o sistema de arrefecimento do bloco do motor teve de ser otimizado, assim como a admissão de ar, para melhorar o enchimento do motor; a junta do cabeçote composta de três lâminas de vedação, do tipo “sanduíche”, possui como características principais a robustez e o alto nível de resistência às pressões geradas pela combustão do motor. Essa peça é melhor que a de folha única por garantir melhor vedação e contribuir para a durabilidade do propulsor.
Além disso, o virabrequim é confeccionado de aço, as válvulas de escapamento são temperadas e nitretadas e o cabeçote, com otimização aerodinâmica dos dutos de entrada de ar, permite a redução da perda de carga e o aumento do nível de tumble dentro da câmara de combustão.
Com pneus na medida 205/55 R17, o Fluence GT é equipado com suspensão independente na dianteira, do tipo MacPherson; na traseira, o conjunto é semi-independente, com eixo de torção. Apesar do conjunto rodas/pneus ter as mesmas medidas da versão Privilége, todo o sistema, incluindo os amortecedores e as molas, é específico da versão GT e foi recalibrado e mostraram um resultado muito bom tanto na pista, quanto na estrada.
As mudanças (internas e externas) incorporadas no Fluence GT foram concebidas pela equipe do Renault Design América Latina (RDAL) e são exclusivas da versão brasileira, na Argentina o modelo que se chama Sport, não recebeu os penduricalhos esportivos.
Na dianteira, são um spoiler foi anexado ao para-choque, logo abaixo da entrada de ar frontal, assim como os faróis de neblina, circundados por moldura cromada, fazendo com que a frente fique quatro centímetros mais baixa. Na traseira, foi adicionado um discreto aerofólio à tampa do porta-malas. Na parte abaixo do para-choque, um extrator de ar na cor preta. Na lateral, as saias laterais foram acrescentadas, assim como as rodas de cinco raios, com aro de 17 polegadas de diâmetro e de design exclusivo. Retrovisores e maçanetas na cor “Dark Metal”.
No interior o conjunto de instrumentos, do qual fazem parte conta-giros analógico e velocímetro, marcadores de nível de combustível e de líquido de arrefecimento digitais são oriundos do Fluence europeu que recebeu um facelift recentemente. Os bancos, de couro com costura vermelha, oferecem apoios laterais reforçados para garantir firmeza ao corpo do motorista. Nos encostos de cabeça, estão grafadas as letras “GT”. As pedaleiras de alumínio e as soleiras das portas que contam com a inscrição “Renault Sport”.
Na Pista e na Estrada
O test-drive foi divido em duas partes na pista da Fazenda Capuava, na região de Indaiatuba, no interior de São Paulo e por estradas na região. Primeiro andamos, ou melhor, pilotamos, no circuito onde o modelo mostrou um bom compromisso, com acelerações fortes e progressivas, e o abundante torque do motor permite andar quase todo a volta quase sem trocar de marcha, mostrando muita elasticidade, ponto positivo.
A calibragem da suspensão não mostrou surpresas fazendo o carro escapar de frente, como esperado, no limite, e de forma normal para um veículo tração dianteira e mais de 1.300 quilos. Os freios mostraram bom equilíbrio permitindo frenagens mais fortes, sem perder a eficiência.
Na estrada o modelo mostrou que a calibragem foi feita para as estradas brasileiras, com a quantidade de torque basta acelerar para fazer as ultrapassagens, muitas vezes nem necessitando de reduzir as marchas, apesar da frente mais baixa, o modelo não raspou na praga que invade as rodovias brasileiras, as lombadas, e ficou devendo apenas um ronco mais esportivo, mais empolgante.
Renault Fluence GT 2013
Veja o vídeo de apresentação do Renault Fluence GT 2013
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Arquitetura |
Carroceria monobloco, 3 volumes, 4 portas, 5 passageiros |
Motor |
2.0 16V DOHC Turbo (TCE180) – Gasolina, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, duplo comando de válvulas, sobre alimentado com turbo “twin scroll” |
Tração |
Dianteira |
Cilindrada |
1.998 cm³ |
Diâmetro x curso |
82,7 mm x 93 mm |
Taxa de compressão |
9,5:1 |
Potência máxima (ABNT) |
180 cv a 5.500 rpm |
Torque máximo (ABNT) |
30,6 kgfm a 2.250 rpm |
Alimentação |
Injeção Eletrônica Multiponto Seqüencial |
Rodas |
Liga leve R17 |
Pneus |
205/55 R17 |
Suspensão dianteira |
Tipo MacPherson, com braço inferior triangular, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos |
Suspensão traseira |
Eixo soldado em “H” de deformação programada, molas helicoidais, barra estalizadora integrada e amortecedores hidráulicos telescópicos |
Freios |
Sistema ABS com auxílio de frenagem de urgência (AFU) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), discos ventilados dianteiros de 280 mm de diâmetro e sólidos na traseira de 260 mm de diâmetro |
Direção |
Elétrica com Assistência Variável |
Câmbio |
Manual de 6 marchas |
Relações de marcha |
1ª………………….3,90:1 2ª………………….2,10:1 3ª………………….1,48:1 4ª………………….1,10:1 5ª………………….0,89:1 6ª………………….0,70:1 Diferencial………3,76:1 |
Tanque de combustível |
60 litros |
Porta-malas (litros) |
530 |
Carga útil |
430 kg |
Peso em ordem de marcha |
1.341 kg |
Peso máximo em carga |
1.841 kg |
Entre eixos |
2.700 mm |
Comprimento |
4.640 mm |
Altura |
1.470 mm |
Largura sem retrovisores |
1.810 mm |
Aceleração 0 a 100 km/h |
8,0 s |
Velocidade máxima |
220 km/h |
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Nissan pertence a renault
Juro que não entendi pq não colocaram a frente nova. Era só trocar o para-choque e os faróis e as vendas do Fluence na minha opinião aumentariam muito. é o melhor custo benefício do mercado…
http://sazelmotors.com/wp-content/gallery/renault…
Como todos, falam uma bíblia de detalhes de "djizáin", mas quase nada do funcionamento do carro.
Acho que eu preferiria o VW Jetta TSI, que embora seja um pouco mais caro tem o melhor conjunto motor/câmbio do mundo nesta categoria. Essa não é mesmo a praia dos franceses. Além disso esse carro é feio, não tem nada de esportivo e chamá-lo de GT é forçar muito o termo. Será mais um fracasso como o finado Megane, pois essa é uma marca que se perdeu completamente no tempo e no espaço por preocupar-se apenas com o lucro (ganância). O pós-venda dessa marca é péssimo, e por isso o valor de revenda dos Renault é baixíssimo. Vai embora Renault!.
Vc tem razão!! Desempenho não é o forte da Renault…multi campeã na F1 por acaso…
O moço lá de cima (Gourmand Arrogants), perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, e não declarar sua falta de conhecimentos.