A GM até que tentou, mas era tarde demais. Nesta manhã, a montadora entrou com pedido de concordata em Nova York. Com isso, suas dívidas serão analisadas por um juiz que decidirá como serão pagos seus credores. Apesar da rotina ser normal, no caso da GM, tudo já está meio que definido já o presidente dos Estados Unidos Barack Obama instruiu o caminho para a recuperação da empresa.
Em resumo, a nova GM que surge da concordata é hoje uma empresa pública: 60,8% pertence ao governo dos EUA, 11,7% ao governo canadense, 17,5% aos funcionários e os 10% restantes aos credores não pagos. Apesar disso, Obama jura que seu governo venderá sua parte assim que a empresa começar a se recuperar.
A GM anunciou hoje a concordata, mas já fala em deixá-la dentro de 60 a 90 dias. A data parece muito otimista para uma empresa que terá de se reestruturar pesadamente. Nada menos que 14 fábricas serão fechadas ou desativadas, mais de 2 000 concessionários perderão a licença e cerca de 20 000 funcionários serão demitidos.
A “nova GM”, como se refere agora a montadora, terá oito “veículos chave”, o Chevrolet Camaro, um novo Buick LaCrosse, o crossover SRX e perua CTS, ambos da Cadillac, outros dois crossover, o Equinox e o Terrain, além do Cruze, considerado por ela seu carro global, e o famoso Volt, esperança de um produto mais ecológico e moderno.
Segundo a empresa, a GM brasileira segue em operação se nenhuma alteração nos planos. Obama e Fritz Henderson, o presidente da GM, falarão ainda hoje sobre o anúncio da concordata.